TAÇA BRASIL SUB-15/2011

TAÇA BRASIL SUB-15/2011
MUITO OBRIGADO OBRIGADO A TODOS!!!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Transcrevo abaixo, na íntegra, um ótimo texto da “Folha de S. Paulo”, em “Ilustríssima”, sobre o perfil de Pep Guardiola, técnico do Barcelona. Esmero e obsessão Como Pep se tornou Guardiola
Especiais de domingo Pepe Guardiola ALEXANDRE GONZALEZ TRADUÇÃO SOPHIE BERNARD ILUSTRAÇÃO MARCELO COMPARINI RESUMO Símbolo do Barcelona por uma década, Josep Guardiola pendurou as chuteiras em 2006 com o projeto de ser treinador. Ao contrário da maioria dos ex-jogadores que trilham esse caminho, foi estudar e buscar as lições de seus mentores. Propondo um futebol mais de razão que de resultados, Pep já conquistou 13 dos 16 títulos que disputou como técnico do Barça. “Meu pai diz que preciso me reconverter. Pergunta o que quero fazer da vida. Não sei o que dizer; talvez que não vá fazer nada. Mas ele insiste, quer que eu me mexa, para não passar a imagem de preguiçoso. Mas, pai, talvez eu não faça nada mesmo da vida…” Em 2 de agosto de 2006, Josep Guardiola deu uma de suas últimas entrevistas. Poucas semanas antes, ainda jogava no desconhecido Dorados de Sinaloa, time mexicano cujo nome soa mais como uma franquia de beisebol de segunda divisão do que como um clube de futebol profissional. O fim de carreira do meia catalão não foi à sua altura e, em suas palavras, sua reconversão também não parece lá muito bem encaminhada. Mas, atrás do discurso depressivo, o que Guardiola não diz é que passou o verão em Madri. E que sabe exatamente para onde vai. DIPLOMA O mês de julho de 2006 é intenso para o ex-capitão do Barça. Todo dia, ele vai até o subúrbio de La Rosas, rumo à Ciudad del Fútbol, na capital da Espanha. Lá, acompanha aulas com assiduidade, preparando-se para se diplomar treinador. O aluno é aplicado e talentoso. “A escola nacional de futebol espanhola não tem ranking de classificação para os diplomados, mas posso dizer tranquilamente que Guardiola estava entre os três melhores da classe”, lembra Oscar Callejo, secretário da escola. Com o diploma em mãos, Guardiola não se dá por satisfeito. Para completar a formação, aconselha-se com treinadores que admira. “Ele ligou para mim e para um monte de outros treinadores. Hoje parece coisa de doido: ligar para falar de jogo, analisar, descascar. Ele tem uma sede insaciável de debater. Eu sabia quando começavam as conversas com ele, mas nunca quando iam terminar”, diz o técnico argentino Angel Cappa. Ex-adjunto de César Luis Menotti e depois de Jorge Valdano no Real Madrid, treinador do Huracan e do River Plate -foi quem descobriu Javier Pastore-, Cappa foi para a casa de Guardiola em Barcelona no final de 2006. “Não sei se ele já pensava em ser treinador, mas para mim era óbvio. É raro um jogador querer tanto colocar um jogo numa mesa de dissecação.” LA VOLPE Obsessivo e perfeccionista, Pep lista os técnicos com quem os quais gostaria de conversar. O primeiro é um argentino de bigode ameaçador, desconhecido na Europa, Ricardo La Volpe. Na Copa do Mundo de 2006, Guardiola escreveu no jornal “El País”, e suas análises dos jogos e reflexões sobre futebol deixaram muita gente desconcertada. Só uma seleção agrada ao catalão. Não é a Alemanha de Jürgen Klinsmann, nem a Itália de Marcello Lippi, mas o México de La Volpe. Ele escreveu: “Johan Cruyff dizia: o mais importante no futebol é que os melhores jogadores sejam os zagueiros. Se você sai com a bola, consegue jogar; se não, não faz nada. Johan diz que a bola equilibra um time. Se perde a bola, o time se desequilibra; se perde pouco, consegue manter o equilíbrio. La Volpe decidiu que sua defesa saísse jogando, e não que começasse jogando, o que é diferente. “Para La Volpe, começar a jogar é tocar a bola entre os zagueiros, sem maiores intenções. Mas La Volpe os obriga a fazer outra coisa. Ele os obriga a sair jogando, obriga os jogadores e a bola a avançarem juntos e ao mesmo tempo. Soube que, nos treinos, La Volpe pede aos zagueiros que corram com a bola por 30 minutos sem parar. Se alguém faz um passe errado, se o campo não é usado em toda a sua extensão, se um passe não é dado para o goleiro como manda o jogo, ele pede para recomeçar do zero. “Ele corrige, grita, e tudo recomeça. Uma vez, depois outra. Cem vezes, se for preciso. E ver seu México jogar é fantástico.” Nem mais nem menos do que uma declaração de amor. Mesmo que isso não agrade a Guardiola e ao seu romantismo, La Volpe foi demitido após ser eliminado nas oitavas de final, apesar de os mexicanos terem dominado a Argentina durante todo o jogo; o futebol só vive de vitórias. Pouco acostumado a falar com a imprensa, La Volpe declarou: “Sei que Guardiola mencionou meu nome várias vezes, dizendo que fui um dos que mais o influenciaram. Talvez se inspirasse em mim nas triangulações ao chegar à área adversária. E disseram que dedicou a mim a Liga dos Campeões de 2009 [Barcelona 2 x 0 Manchester United], mas ele nunca me disse isso. “Acho que seguimos o mesmo caminho. Gostamos de tomar a iniciativa do jogo, que o jogador assuma a responsabilidade de conduzi-lo. É assim que se faz bom futebol. Ele faz isso e ainda vence. Alguns de nós foram criticados por tentar e não vencer, é a regra do jogo”. La Volpe seria demitido do Boca Juniors (2006), do Vélez Sarsfield (2007), do Monterrey (2008) e da seleção da Costa Rica (2011). Apaixonado pelo método argentino, como mostram suas relações com Cappa e La Volpe, por fim Guardiola atravessa o Atlântico. Aproveitou uma viagem a trabalho de seu amigo David Tureba, cineasta e escritor, para voar a Buenos Aires. Era outubro de 2006. ARGENTINA Na capital argentina, Pep deixou sua bagagem num hotel do bairro de Palermo. A primeira visita que fez não foi a um treinador, mas a um nerd louro, um Mark Zuckerberg argentino, de cabelo comprido. Matias Manna é o criador do blog Paradigma Guardiola (paradigmaguardiola.blogspot.com). Ele analisa, com vídeos, pausas e reflexões perspicazes, o futebol de Pep. “Desde 2005, vou decifrando a maneira de pensar e as convicções futebolísticas de Guardiola”, diz Manna. Ele conta como começou sua amizade com o atual treinador do Barcelona: “Eu o contatei por e-mail e ele respondeu. Sempre se mostrou aberto. Um dia, disse que estava vindo à Argentina e propôs um encontro. Passamos um dia juntos. Falamos muito de futebol. “Dei a ele o livro ‘Lo Suficientemente Loco’, uma biografia de Marcelo Bielsa. Ele me agradeceu e foi deixar as malas no quarto. Quando desceu, minutos depois, citou quatro ou cinco conceitos de jogo que estavam no livro. Isto é: no elevador, voltando do quarto, já tinha entendido a essência.” No dia seguinte, Guardiola decidiu assistir a um River-Boca, no Monumental de Nuñez. Seu ex-colega no Dorados Angel “Matute” Morales, conseguiu um ingresso para ele. Pep se misturou à multidão e, na fila para entrar, foi parado por seguranças. “Não o reconheceram”, conta Morales. “Foi revistado como qualquer um, mas não disse uma palavra, não protestou.” Seu caminho o levou a César Luis Menotti, técnico campeão do mundo em 1978 e técnico do “seu” Barça na temporada 1983-84. Como um velho sábio, Menotti recebeu aquele que, por enquanto, era só um jovem aposentado do futebol. O encontro aconteceu num restaurante do bairro de Belgrano, em meio a uma nuvem de fumaça de cigarro e cheiro de uísque. “Quando Pep me procurou, algo já o distinguia: ele tinha ideias claras. Não chegou como outros, que queriam que eu desse o caminho, como se fosse o Messias. Ele já sabia. Então disse a ele: ‘Quer ser treinador? Não tenha dúvidas, vá fundo. Seja treinador, e assim as críticas serão mais bem divididas, não vão mais ser só para mim’.” Guardiola deixou-se seduzir e também tranquilizar pelo discurso radical do mentor de Maradona. O terceiro e último encontro irá confortá-lo ainda mais na sua decisão. EREMITA Maximo Paz, província de Santa Fe. Josep Guardiola marcou um encontro com o eremita do futebol argentino, “el loco” Marcelo Bielsa. Então afastado do futebol desde 2004, Bielsa vivia confinado em casa, sem dar sinais de vida. Guardiola conseguiu o encontro graças a Lorenzo Buenaventura, seu treinador pessoal quando jogava na Itália e ex-adjunto de Luis Bonini, o braço direito de Bielsa. Hoje, Buenaventura é o preparador físico do Barcelona. A fascinação de Guardiola por Bielsa data da Copa do Mundo asiática de 2002, quando “el loco” treinava a seleção argentina. Na época, Guardiola declarou: “Para mim, o time mais interessante do torneio é a Argentina, mesmo que não tenha passado da primeira fase. Jogou muito bem, apesar de vivermos num mundo onde, se você ganha, é bom, mesmo que não tenha ficado com a bola; e, se você perde, não importa se tentou, se teve a bola, se o time estava organizado e se tinha apostado no 3-4-3, como Bielsa fez. Você perde e é um fiasco. Vejo isso de outra forma.” Por 12 horas, em volta de um “asado” (churrasco argentino), os dois conversaram, assistiram a trechos de jogos, debateram, brigaram, se reconciliaram e recomeçaram. Um tema, ou melhor, um homem os une acima de tudo: Louis van Gaal. O técnico holandês é o único europeu que Bielsa já tomou como exemplo: “O modelo estrangeiro que mais me agrada é o do Ajax de Van Gaal. Ele tem um time flexível para compor suas linhas conforme as exigências do adversário na hora de recuperar a bola. O que interessa é que o time tenha um projeto de jogo próprio nos momentos ofensivos. Calculei que o Ajax dava uma média de 37 passes para trás. O torcedor via isso como recusa a jogar, mas esse passe para trás era o início de um novo ataque.” No seu livro “Mi Gente, Mi Fútbol” (2001), Guardiola diz o mesmo de seu treinador: “Poucos times me seduziram tanto quanto o do Ajax de Van Gaal, com sua facilidade para criar o jogo da defesa, a velocidade dos jogadores das laterais e seu modo de passar a bola. Aquele Ajax conseguia resolver de maneira fantástica todos os ‘um contra um’ de um jogo. No ataque e na defesa. Assumiam todos os riscos que um time pode correr. “Aquele Ajax tinha algo que me surpreendia, espantava, maravilhava. A disciplina do posicionamento. A posse de bola como ideia de base. O jogo constantemente sustentado. Os movimentos de dois toques… E eles faziam isso de forma tão simples quanto sublime. O Ajax de Van Gaal dava aulas de futebol aos que conheciam perfeitamente o jogo.” ‘SANGUE’ Nutrido pelo futebol total de Johan Cruyff, Guardiola consegue, acima de tudo, aplicar maravilhosamente bem os preceitos de Bielsa. “Procuro ocupar as laterais, porque a maioria das situações perigosas vem delas. O contrário significa centralizar o jogo. Qualquer estudo revela que 50% dos gols finalizados vêm das laterais. Se um treinador quer que o time domine o jogo, deve posicionar no mínimo dois jogadores por setor. Nunca posiciono os jogadores com o intuito de atacar usando o contra-ataque. “Para mim, trata-se, antes de mais nada, de uma questão de posse de bola. Se der para ficar com ela, por que devolvê-la? Não preparo um time para esperar. Um grande time não é condicionado pelo rival. O fundamental é ocupar direito o campo, ter um time curto, com uma linha de defesa e uma de ataque separadas por no máximo 25 metros, e que nenhum zagueiro esteja ocupado marcando um adversário que não existe.” Tocado pela sinceridade quase ingênua de Guardiola, Bielsa perguntou: “Você, que conhece toda a sujeira do mundo do futebol, o alto grau de desonestidade de certas pessoas, por que quer tanto voltar e treinar jogadores? Gosta tanto desse sangue?”. Guardiola respondeu: “Preciso desse sangue”. O fato é que o catalão vai usar outro método de Bielsa, o de não entregar nada à imprensa. Recluso no seu silêncio há mais de uma década, o argentino havia justificado assim sua vontade de não falar: “Por que eu deveria dar entrevista a um jornalista poderoso e negá-la a um repórter do interior? Por que deveria participar de um programa que tem picos de audiência toda vez que apareço e não me deslocar até uma pequeno rádio local? Qual a lógica? Meu interesse?”. Guardiola se apoderou da fórmula. Depois de virar treinador do Barça, não deu mais nenhuma entrevista individual. Só vai às coletivas obrigatórias do clube. JOGO BONITO Pep voltou à Espanha está seguro de si como nunca. Dias depois de deixar a Argentina, em 22 de outubro de 2006, declarou ao jornal “Marca”: “Por que não poderíamos ter treinadores que defendam o jogo bonito? Converso com muitos treinadores: ‘Como é esse jogador? Como faz aquele?’. Mas não tem receita. No futebol, ganha-se com estilos muito diferentes. Precisamos fazer as coisas como as sentimos. É a partir da bola que se constrói um time.” Em 2006, Josep Guardiola tinha 35 anos, tinha ideias, mas continuava desempregado. “Seu” clube, embora fosse campeão europeu, estava desabando. Contagiado pela suficiência, o Barça de Frank Rijkaard vivia suas últimas horas de glória. Txiki Begiristain, diretor esportivo do Barcelona e braço direito de Joan Laporta, logo foi consultado por alguns dirigentes, sabendo das intenções de Guardiola. Begiristain então decidiu, para que seu ex-colega se acostumasse, confiar a ele a direção da categoria de base e dar a Luís Enrique o Barça B. Desapontado, mas leal a seu clube de sempre, Pep aceitou. Só pediu um último encontro com Begiristain. “Pep me falou sobre sua vontade de treinar. Entendi que era o momento dele”, diz o ex-diretor dos esportes do Barça. Em 21 de junho de 2007, seis meses depois da viagem à Argentina, Guardiola foi nomeado treinador do Barça B, que estava na terceira divisão do campeonato espanhol. Munido de princípios e teorias, foi confrontado pela primeira vez com a realidade da vida de treinador. Alertado por amigos sobre as dificuldades das divisões inferiores, o primeiro trabalho do técnico “blau-grana” (azul e grená) consistiu na seleção de um grupo. Ele tinha poucos dias para reduzir o número de jogadores de 50 a 23, destruindo o sonho de vários. As primeiras dúvidas surgiram logo no primeiro jogo, que acabou… em derrota. Guardiola se empenhou, construiu um time no qual um certo Sergio Busquets se impôs no meio do campo; no qual, na ponta direita, Pedro Rodriguez oferecia seu jogo feito de percussões. Dois meses após o início do campeonato, Guardiola resumiu: “Ser treinador é fascinante. É por isso que os treinadores acham tão difícil parar. O trabalho traz uma sensação permanente de excitação, de que o cérebro gira o tempo todo a cem por hora. Começar na terceira divisão me tornará um treinador melhor, se um dia eu ocupar o banco de um profissional. Hoje sou melhor que dois meses atrás. “Nunca tinha sido confrontado com 25 caras esperando que eu dissesse algo. Hoje posso ficar tranquilo na frente deles. Antes, no intervalo, não sabia o que dizer.” NÚMERO UM Guardiola sabia as palavras certas, seu time venceu o campeonato e o Barça B subiu para a segunda divisão. Ao mesmo tempo, no andar de cima, Rijkaard deixou escapar para o Real, pela segunda vez seguida, uma liga que estava na mão. Laporta entendia que o holandês não tinha mais autoridade sobre um grupo dominado pelos egos de Ronaldinho Gaúcho e Samuel Eto’o. Começou então uma disputa de poder nos bastidores do Camp Nou entre os conselheiros do presidente. Laporta conta: “Minha ideia era que Johan [Cruyff] treinasse o time, tendo Pep como adjunto, e que, na temporada seguinte, ele virasse o número um. Johan não disse nada. Eu o conheço, sei que toma decisões rápido. Por fim, ele me disse que deveríamos nomear Pep logo. Txiki concordava: ‘Guardiola está pronto para ser treinador do primeiro time’. Propus essa solução numa reunião. Alguns eram a favor, outros queriam Mourinho. Falei: ‘Mourinho não, vai ser o Pep’.” Em 8 de maio de 2008, menos de dois anos depois de receber o diploma de treinador, Guardiola foi nomeado técnico do time do qual fora capitão e símbolo por cerca de dez anos. Sua primeira medida foi impor o afastamento das três estrelas: Ronaldinho, Deco e Eto’o. Os dois primeiros aceitaram; o camaronês ganhou uma temporada de descanso. No primeiro treino, Pep se dirigiu aos jogadores: “Não vou prometer que vamos ganhar títulos. Vamos tentar. Mas apertem bem os cintos, porque vocês vão passar ótimos momentos.” Pep acabava de se tornar Guardiola. http://pablitoprofutsal.blogspot.com.br/

Princípio da Progressão Tática

Avaliações e analises da aplicabilidade tática A ideia central do tema é direcionar importância ao processo de progressão das táticas aplicadas no jogo. O tema não está intimamente ligado as evoluções táticas no treinamento, mas sua real aplicação no jogo. Existe sim uma ligação ao que se desenvolve nas sessões de treinamento, porém, a avaliação do que foi treinado e do que foi aplicado indica ou não, uma progressão. Desta maneira podemos dividir este princípio de progressão em três partes, assim nominadas neste conteúdo: • Avaliação pós-ciclo de treino; • Análise pré-jogo; • Análise pós-jogo. Avaliação pós-ciclo de treino – Destina-se a uma avaliação de todo o conteúdo de trabalho elaborado para a montagem tática, tais como:  Situações de jogo e sistemas;  Elaboração das variações táticas;  Estratégias emergenciais. Entre outras necessidades que possam garantir legitimidade ao trabalho. Desta maneira tudo que for elaborado neste ciclo pode e deve ser discutido entre todos os envolvidos, a fim de identificar as possibilidades de aplicá-las ou não no jogo. Mesmo que neste momento seja um tanto quanto subjetivo analisar. De comum acordo e estabelecido os critérios e ajustes, todos trabalham para o seu cumprimento, criando assim uma ralação de confiança no que foi proposto e estabelecido. Análise pré-Jogo – Relacionado ao estudo tático do adversário e aplicação da tática e estratégias estabelecidas.  Análise de riscos;  Definição dos sistemas (marcação e ataque);  Ações emergenciais (contenção/exposição). Outras situações também poderão ser relacionadas, mas o foco principal será elaborar planos táticos baseando-se nas características do adversário, diria, Plano Específico de Confronto. Neste processo é extremamente importante analisar fatores externos, estatística e ambiente do confronto.  Os fatores externos são as analises comparativas entre as duas equipes, pontuação, posição de classificação e custo da partida.  Fatores estatísticos relacionados ao aproveitamento técnico e outras variáveis de controle.  Fatores ambientais dizem respeito ao local do confronto, em que condições ele ocorre, expectativas emocionais que ele se desenvolverá etc... A união destes processos cria padrões de analises recomendáveis – PAR Tático. Tema central deste artigo chego ao ponto principal e que considero o mais relevante. Análise pós-jogo – Justifico os motivos pelo qual considero este o ponto relevante deste conteúdo, a análise pós-jogo garante evolução ao conjunto desenvolvido anteriormente. Com a desintegração dos princípios aqui elaborados, conseguimos monitorar e avaliar melhor as etapas do nosso trabalho, desta maneira os pontos passam a receber atenção na medida em que vamos vivenciando separadamente cada um deles. A análise pós-jogo retrata a forma com que os conteúdos táticos foram elaborados e aplicados, bem como, conseguimos de forma objetivo avaliar seus resultados. Lógico que necessitamos de bom senso para neste contexto analisar o resultado obtido. Tudo deve ser avaliado separadamente da seguinte forma:  O desenvolvimento do jogo;  O resultado do jogo;  O benefício ou prejuízo alcançado com o resultado. Em muitos casos vencer uma partida não significa que houve progressão tática. Assim como, perder uma partida também não significa que houve atraso ou que não obtivemos crescimento. Trabalhamos para vencer jogos, mais é importante não se desligar do trabalho realizado, pois em determinado momento será ele que garantirá sucesso nos momentos decisivos. Costumo dizer que existem equipes que “vencem jogos, mais não vencem competições”. Um resultado isolado é apenas um resultado isolado, um trabalho bem realizado é um caminho para o sucesso, Finalizando o tema, saliento ainda a importância de administrar bem os resultados que são obtidos, sem pânico nas derrotas e tão pouco euforia demasiada em vitórias. É importante entender que a progressão tática se constrói através de conceitos definidos e muita disciplina. Postado por Marquinhos Xavier

terça-feira, 17 de abril de 2012

Santos Futsal fevereiro 2012 sub 20



Extraído do blog kbcafutsal@blogspot.com

Sub-20 Santos F.C.

professor Rafael Kiyasu

O Desenvolvimento do Trabalho Técnico

Para o bom desenvolvimento técnico precisamos elaborar nosso trabalho com prioridade na melhora da capacidade de autonomia e decisões de nossos atletas, esse desenvolvimento pode garantir segurança e boas respostas, muitas delas não programadas, analises sistemáticas que garantam um bom percentual de controle de erros, pois como de conhecimento de todos, o Futsal possui exigências dinâmicas e apresenta elevado percentual de erros nas decisões.
Para desenvolver esta capacidade de decisões confiáveis e que conduzem a equipe e o atleta a obterem sucesso, um caminho deverá ser percorrido, o caminho ao incentivo, a criatividade e a inovação.
Através de trabalhos desenvolvidos diariamente é possível melhorar e muito o poder de decidir com a qualidade que se deseja.
Os trabalhos mecânicos limitam o potencial cognitivo do atleta e impede que ele responda de acordo com o problema apresentado, e torna-o previsível em suas ações, contrariando o propósito principal do jogo que é o de reagir as ações inesperadas, são elas que muitas vezes garantem sucesso ao resultado do jogo.
As decisões programadas formam um conjunto de ações que auxiliam na solução dos problemas cotidianos, mais eles precisam ter flexibilidade para as adaptações emergenciais e também um controle de índice erro/acerto para um monitoramento confiável e seguro.
O poder para reagir sob pressão e as mudanças frequentes no estado emocional de uma partida obriga o técnico a ler, interpretar e dar solução imediata as ações, quando ele desenvolve um padrão coletivo e incentiva seus atletas a auxiliá-lo neste processo ele ganha colaboradores efetivos e que lhe ajudarão monitorar todo o território de jogo, os movimentos estranhos e também o comportamento dos adversários.
Estes conjuntos de ações geram consistência no trabalho realizado, segurança para obtenção de resultados e em especial, equilíbrio emocional/técnico/tático.
Postado por Marquinhos Xavie

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Influência da ludicidade na aprendizagem esportiva – Metodologia das atividades jogadas

Qual é a melhor maneira de aprender algo? Ou melhor, como é que conseguimos aprender algumas coisas e outras não?

Esse processo pode ser compreendido a partir da motivação que o aluno/aprendiz possui no momento do ato pedagógico, influenciada por fatores como a atenção e a concentração na atividade a ser aprendida, que também estão envolvidas nesse processo. Mas, de maneira geral, um conceito pode ser capaz de conglomerar todas as capacidades que influenciam o processo de ensino-aprendizagem: o PRAZER em aprender.
O ser humano, acima de qualquer suspeita pode ser compreendido como um ser pensante, sonhador e planejador. Essa capacidade está atrelada à sua capacidade de ensaiar cognitivamente inúmeras situações cotidianas vivendo neste nível de consciência experiências que serão transferidas para sua vida através de suas atitudes. Esse planejamento consciente existe graças à habilidade humana de jogar consigo mesmo, “vivenciando” essas experiências antes mesmo de colocá-las em prática na vida real.
A essa capacidade chamamos ludicidade: a ascensão a essa capacidade humana torna o ato pedagógico mais prazeroso e significativo, tornando esse ato realmente capaz de educar. Trata-se, portanto, de um ciclo que se atingido pelo profissional e alunos envolvidos no ato educativo, torna esse momento criativo, estimulante e desafiador, ou seja, dotado de significado.
Mas como ascender à ludicidade em minhas aulas? Como estimulá-la? Eis o que deve estar sendo pensado por você nesse momento.


A forma mais comum de levar o ser humano a viver um ato lúdico é através de jogos, pois eles trabalham fundamentalmente as capacidades cognitivas estimulando a ludicidade do jogador, fazendo-o planejar uma ação, lembrar de situações vividas e fruídas em seu dia a dia.
Jogar significa viver um desafio, no qual o aluno terá que se esforçar ao máximo para que individualmente ou coletivamente – depende da natureza do jogo – ele seja capaz de atingir os objetivos daquele jogo.
Jogar, portanto, muito mais do que um ato, é também um momento educativo. O estímulo das capacidades cognitivas torna o aluno capaz de responder melhor as situações que o jogo lhe impõe, facilita a escolha de melhores soluções àqueles momentos.
Trata-se, no entanto, de uma estrutura de aulas na qual o aluno errará muito. Isso não significa que o erro deverá ser desprezado e será função do professor em mostrar a melhor solução àquela situação. Muito pelo contrário, através de uma interação com outros alunos e com o professor o aluno deverá ser guiado a perceber que há outras formar de proceder àquela situação do jogo, procurando significar novas formas de agir, tornando este mais um momento do processo pedagógico, pois o erro pode significar o desenvolvimento da criatividade e da intenção em arriscar situações ainda não vividas, mas criativamente criadas.
O estímulo à ludicidade é uma ferramenta capaz de transformar o ambiente de ensino-aprendizagem em um momento extremamente produtivo e criativo, estimulando a autonomia dos alunos para a interação com o jogo, transformando a aula em momentos que signifiquem algo positivo aos alunos e, portanto, capaz de educar.

www.futsalcomovocenuncaviu.blogspot.com.br

O atestado de óbito de ´´Matvéiv´´

Há algum tempo, vem-se falando que para se ter sucesso não só no esporte, mas como na vida é fundamental PLANEJAR.

Referindo ao planejamento nos esportes, esse planejar está intimamente ligado ao PERIODIZAR. Que como afirma Raposo (1989) nada mais é que dividir o treino em períodos particulares de tempo, com objetivos e conteúdos bem determinados. (mas não parece um conceito rígido demais?)

Pensando exatamente dessa forma, ´´Matvéiv´´ elaborou teorias de treinamento esportivo baseando-se em esportes individuais como o atletismo. E se tornou referência no que hoje dizemos PERIODIZAÇÂO CONVENCIONAL (o que sutilmente podemos dizer que é denominada assim por estar fora de uso, mas infelizmente não é o que vemos a nossa volta). O sucesso dessa teoria fez com que as mesmas ideias fossem transportadas para os esportes coletivos.

E por vários anos se transportou e ainda se transporta exatamente um macrociclo de atleta de natação para um de futsal.

Mas como isso é possível?????

Em várias equipes do mundo, nas mais diversas modalidade esportivas coletivas, vê-se times realizando períodos preparatórios, transições e picos de forma. Sendo que nesses períodos preparatórios realizam-se exercícios gerais e no período competitivo algo mais específico, na qual a principal dimensão analisada é o aspecto FÍSICO!

Não se pode ´´perder tempo´´ com as aspectos gerais, sendo que tudo o que se deve treinar deve ser ESPECÍFICO a forma como a equipe jogará!

Não se pode pensar em ´´picos de forma´´, com um calendário competitivo que exige resultados durante todo o ano (seja competições estaduais, nacionais, internacionais, etc)

Não se pode pensar em volume, sendo que o que pode trazer a vitória são as intensidades das ações realizadas

Não se pode continuar a pensar o JOGO, em toda sua complexidade, colocando atletas para saltar cones, driblar pratos e correr em volta do campo!!!!

Não se pode pensar em aquecimento, realizando mudanças de direções ´´ao vento´´, sendo que esse além de aquecer pode condicionar princípios

É difícil de acreditar mas, ainda em muitos casos o físico vem ditando toda forma de pensar o jogo coletivo, mesmo tendo-se a convicção que o jogo é essencialmente TÁTICO!!!!!!!

É necessário avisar ao ´´Matvéiv´´ ou aqueles que o idolatram que a ´´fila andou´´….

E que para jogar bem, é necessário uma nova Teoria dos Jogos Esportivos Coletivos, organizada e teorizada em função da ESPECIFICIDADE ao Modelo de jogo adotado. Para isso a componente principal é TÁTICA, e desde o primeiro dia ao último a preocupação é condicionar a equipe em função da forma de jogar estabelecida.

E que não se trabalha em função de ´´picos´´ e de sim de estabilizar um rendimento que sempre será em função do próximo jogo, e do próximo e por ai vai….

Castelo (1998) afirma que o se deve fazer desde o primeiro dia é treinar a organização do jogo da equipe, o implica que cada exercício de treino, desde o AQUECIMENTO até a RECUPERAÇÃO, deve servir para o organização do jogo COLETIVO.

Além disso, o tático não é físico, técnico , psicológico e nem estratégico, mas precisa dos quatro para se manifestar. E dividir o treino ou o ano em períodos é também dividir o tático, o que de certa forma é completamente OBSOLETO…

Portanto, adeus ´´Matvéiv´´….vá em Paz!

Extraído do blog www.trejatoriadabola.blogspot.com.br

quinta-feira, 5 de abril de 2012

TAÇA BRASIL DE SELEÇÕES (SUB-15) 2012


Na noite da última quarta-feira, dia 29, na praia de Cabo Branco, foi apresentada a Seleção Paraibana para a disputa do VIII Campeonato Brasileiro Correios de Futsal, Divisão Especial, categoria Sub 15 masculina, que será realizado no período de 23 a 29 de abril na cidade de Belém-PA. Estiveram presentes o presidente da FPFS, João Bosco Crispim, além dos integrantes da nova comissão técnica e 18 atletas convocados.

Quem esteve presente ouviu palavras de incentivo e compromisso de um trabalho de muita seriedade e profissionalismo por parte da dirigente Mayara Raquel. Enquanto Fábio Luiz, que esteve presente nas últimas Paraolimpíadas, falou um pouco de sua experiência com grupos de atletas.

- Faremos uma preparação visando a conquista do título. A Paraíba tem um grupo muito forte e não pode entrar em uma competição com outro pensamento que não seja vencê-la. Nossa comissão técnica já preparou um cronograma de treinamento, com a primeira parte direcionada para o condicionamento físico com treinos específicos na praia. Temos em mãos um grupo muito forte e montaremos um grande time também – afirmou o comandante.