TAÇA BRASIL SUB-15/2011

TAÇA BRASIL SUB-15/2011
MUITO OBRIGADO OBRIGADO A TODOS!!!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Jogar sem Bola...

Pode parecer um paradoxo, mas apesar de ser a bola o elemento mais importante num jogo de Futsal, a verdade é que na minha opinião as equipas mais fortes são aquelas que sabem jogar melhor sem bola... confuso?! Então vejamos, durante um jogo existem dez atletas e uma bola, o quer dizer que quando um atleta tem a bola na sua posse os outros nove não a têm, certo?

Ora, assim sendo, creio então devemos dar uma maior incidência nos treinos aos comportamentos individuais e colectivos dos momentos em que os atletas não têm a bola em seu poder, seja a defender, mas principalmente a atacar (Ex: movimentações, coberturas, apoios, etc) pois na realidade se contabilizarmos individualmente o tempo que cada atleta passa com a bola em seu poder, este não chegará seguramente aos 3 minutos, isto quando um jogo tem no mínimo 40 minutos... ou seja, se calhar é mais importante treinar os 37 minutos em que o atleta está sem bola do que os outros 3 minutos em que a tem...

Contudo e obviamente, não podemos deixar de trabalhar os momentos em que o atleta tem a bola (muito pelo contrário), pois o passe, a recepção, o remate, o drible, etc, são a essência do jogo e é inclusive nestes momentos, que os atletas fazem a diferença e alcançam o objectivo real do jogo, o golo, no entanto, creio que os treinadores dão sempre mais importância a este factor, esquecendo-se realmente que na maioria do tempo o atleta está sem bola, e creio que é aqui que reside verdadeiramente a diferença das melhores equipas em relação às outras...

Posto isto, chegamos a outra conclusão muito importante, é que para jogar bem "sem bola" é necessário saber a ler bem o jogo, de forma a antecipar as várias movimentações quer dos adversários, quer dos companheiros, e para isso o atleta tem que estar permanentemente a pensar durante todos os momentos do jogo, sendo que os mais inteligentes têm mais possibilidades de sucesso (apesar que isto também se treina), levando-nos então a uma constatação também paradoxal, é que ao contrário do que se pensa e diz, o Futsal não se joga com os pés... mas sim com a cabeça!

Pensem nisto...
Abraço
Pedro Silva
http://www.futsal-coach.blogspot.com

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Futsal: Intoxicação Técnica
Futsal: Intoxicação Técnica

A modalidade de futsal por ser tão praticada no Brasil e na sua forma jogada ser de aspectos motores comuns ao futebol vem tendo um crescimento contínuo e vertiginoso de espectadores e investidores, os quais o tornam cada vez mais qualificado quando estes despendem seus recursos financeiros na contratação de profissionais (jogadores e comissão técnica) de maior qualidades e preparação. Percebe-se atualmente, em virtude da dinâmica econômica mundial a volta de atletas brasileiros que trabalhavam no mercado europeu, sabidamente Espanha, Portugal e Itália, migrando para outros mercados em destaque o retornando ao seu país de origem, tornando as competições mais qualificadas, trazendo conhecimento diversos das diversas áreas do desporto coletivo apresentados no mercado europeu.
Ainda que haja um verdadeiro avanço de qualidade dos profissionais envolvidos no processo de treinamento da modalidade, sejam estes jogadores e comissão técnica, é vagaroso e pequeno e o volume de estudos centrados na modalidade de futsal no Brasil que somado a ausência de eventos que possibilitem a troca de conhecimentos acerca das esferas constituintes da modalidade, permanece restrito a um pequeno número de pessoas, dificultando o crescimento qualitativo da modalidade esportiva como visto em países europeus e outras modalidades. Souza 2002, Barbero 2002, citado por Braz (2006, p. 13) esclarece que “(...) apesar de integrado no conjunto das modalidades que constituem os JDC, o Futsal ainda não possui lugar de destaque na pesquisa científica, ao invés do Futebol, Basquetebol, Andebol, Voleibol.”
Visto, por muitos anos, como futebol de dimensões reduzidas por existir constrangimentos de tempo e espaço, a modalidade adquire por algum tempo um caráter reducionista em todas as suas esferas profissionais, centrando no treinamento com bola, executado pelos treinadores uma exacerbação da execução técnica perfeita na sua práxis e modelação de treino.
O mecanicismo presente nas aulas de educação física, oriunda das escolas militaristas historicamente implantadas no Brasil, forjou profissionais e atletas orientados ao engessamento de sua criatividade e anulação de sua racionalização sobre o jogo e seus intervenientes constantes. A intoxicação técnica no ensino do jogo, como cita BRAZ (2006, p.14) promovida pelos agentes pedagógicos do treino, a falta de intercâmbio de conhecimentos teóricos e práticos, a quase ausência de estudos superiores no Brasil realizados sobre a complexidade da modalidade e o sobre o grande tema Jogos Desportivos Coletivos, fez com que o nível técnico dos atletas no Brasil aumentasse, a qualidade dos jogos decaíssem, e as seleções fossem povoadas por atletas que atuam fora do Brasil devido estarem cotidianamente inseridos em um ambiente de treino complexo e dotado de situações que os tornem capaz de resolver os problemas do jogo.
O selecionador espanhol Lozano Cid, considerado um dos melhores treinadores de futsal do mundo referindo aos jogadores espanhóis cita que “(...) os jogadores espanhóis usam a cabeça durante o tempo todo e raramente apresentam as mesmas soluções – nem que se encontrem em situações similares” e ratifica seu pensamento quando afirma que “ (...) o controlo da bola é importante mas tomar decisões de forma rápida é mais importante”.
Postado por cienciadofutsal.
Daniel Junior

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

SUGESTÕES DE CONTEÚDO NAS DIFERENTES CATEGORIAS COMPETITIVAS

Uma das maiores dificuldades que os treinadores de professores de Futsal encontram, é formatar os conteúdos de acordo com a faixa etária(categoria) do atleta.Sempre cabe a dúvida de qual assunto desenvolver, em cada categoria competitiva.Outro tema importante a considerar, é a individualidade técnica de cada aprendiz.A capacidade técnica do atleta é determinante para o bom funcionamento tático (interação do grupo chamado plantel)da equipe.
Tomando por base, os fundamentos táticos, base do atleta bem formado, passamos a sugerir alguns conteúdos de acordo com a faixa etária.

DEFESA:

Iniciação ao Sub-09

- Aprendizado da marcação individual- quem acompanha quem na hora de defender.
- Princípios do conceito de cobertura- Estar atento no companheiro que é driblado.
- Marcação de bolas paradas(falta, lateral, escanteio, e saída de centro)- Estar sempre que possível, atrás da linha da bola.

Sub-11 ao Sub-13

- Cobertura por setores- O atleta marca o seu e já está pendente do espaço do companheiro adjacente.
- Identificação do último homem- É o inicio da percepção do quanto é importante atacar pensando em defender.
- Bolas Paradas - Saber se colocar para defender as diversas jogadas de bola parada do adversário.
- Identificar as linhas de defesa de acordo com a linha da bola.

Sub-15 ao Juvenil

- Aperfeiçoamento do sentido de cobertura (quem cobre quem de acordo com os setores vulneráveis)
- Saber que as linhas se alteram constantemente, de acordo com o ataque adversário, e que se deve sempre buscar o equilíbrio suficiente para tentar desarmar o adversário nos diferentes espaços de quadra.

ATAQUE:

Iniciação ao Sub-09

- Noções de tempo e espaço
- Diferentes tipos de passe
- Não especializar nas diversas posições de quadra
- Jogadas combinadas com poucos tempos de execução

Sub-11 ao Sub-13

- Especializar nas diversas posições sabendo que o Futsal é dinâmico e exige do atleta conhecimento dos diversos espaços de quadra e das posições que ocupam
- Os diversos posicionamentos em relação aos companheiros e adversários.
- Sistemas de ataque pouco complexos(jogar com pivô- quando se mete a bola, quem é que passa, a que tempo e quem se preocupa em cobrir.)

Sub-15 ao Juvenil

- São reconhecidos pela sua qualidade em determinada posição. Mas reúnem informações para identificar o básico de todas elas. Por exemplo:
Um pivô quando é obrigado a estar de beque, sabe alguns conceitos que ajudam a não comprometer a defesa(Futsal é dinâmico).
- Sistemas de ataque e defesa mais complexos. Conhecimento dos diferentes Tempos de ataque que sempre estará de acordo com a defesa adversaria
- Ler e entender o jogo, principalmente o do adversário.

É claro que todo conteúdo vai se modulando de acordo com o tempo e com a vivência do profissional que comanda os treinamentos. Ensinar nosso atleta a raciocinar sobre o jogo, é básico. É o tal conteúdo cognitivo, aquilo que a gente vai botando para dentro da cabeça do atleta, a medida que vamos aperfeiçoando sua técnica.Uma variante não caminha sem a outra.

E você, gentil visitante do nosso blog,o que acha ? Está de acordo? Comente este conteúdo e conte sua experiência.
Até breve!!!
Fernando Ferretti

CABEÇA DE TREINADOR

Todos escutamos que nós,os brasileiros somos 160 milhões de treinadores. Todos entendem, todos opinam dentro da maior paixão esportiva do nosso povo. Cada um tem a sua escalação, a sua forma de atacar e defender e aquela substituição que vai mudar a cara da equipe dentro jogo, e burro é sempre o outro treinador.
Mas as responsabilidades terminam aí,quando desligamos a TV ,saímos da roda de bate papo, quando vamos embora do ginásio após os jogos.
O Treinador, aquele de verdade, fica ali a imaginar como poderia ser diferente aquele jogo que terminou e já preparando a próxima partida, como vão ser os treinos preparatórios, quem é e como joga o próximo adversário. Na nossa cabeça ou na cabeça deles vai muito mais que o jogo que se vê, senão vejamos:
Critérios: O maior evento de uma equipe é o treinamento. É ali que o atleta se escala, o treinador exercita as situações que imagina serão os jogos, faz as experiências e combinações possíveis dentro daquilo que é a melhor formação e a melhor forma de atacar e defender. A formação dos critérios, as ordens de prioridade por atletas e esquemas se solidificam aí e nisso o “técnico” de ocasião não participa. Portanto a formação dos melhores critérios para tomada de decisão é típica do que se vê nos treinos e, claro baseado no rendimento de atletas e equipe nas partidas. Por fim se deve criar um clima de confiança onde o atleta sempre saiba que os melhores sempre vão jogar, animando a todos os outros a seguir o mesmo caminho com a segurança de que o critério é para todos.
Relação de Confiança: Atletas e Treinadores passam e recebem confiança todo tempo. Quanto mais o atleta entre a faz as coisas acontecerem, transmitem confiança e assim mais confiança recebem terminando por formar a personalidade dos atletas que realmente resolvem e assumem responsabilidades durante as partidas. São aqueles que realmente fazem a diferença no seu grupo. Portanto o trabalho do treinador é um permanente passar e receber confiança a todos que comanda. Na raiz do rendimento do atleta está o grau de confiança passado e recebido pelo treinador durante as situações de jogos e treinos.
Daí a cabeça de treinador ser tão “difícil” de entender para alguns. Na hora “H”, ele como qualquer um acaba decidindo por aqueles com quem tem uma relação de confiança. Treinador não escala time sozinho nem decide só, a forma da equipe jogar. É o atleta quem se escala,treinando bem e a forma de jogar está intimamente ligado ao que seu grupo de jogadores consegue fazer em quadra. Só entende isso quem está próximo ao técnico e se acostuma com o exercício do critério mais acertado, todos os dias.
No mais dizer-se “treinador” é puro exercício de “achismo”(eu acho,eu acho,etc,etc...) dando força ao imaginário popular do brasileiro.Pense nisso e até breve.
Prof. Fernando Ferretti

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

E o goleiro-linha, ou melhor, linha-goleiro? Observações iniciais…

Antes do início dos jogos, neste ano, muito se especulou sobre as possíveis implicações da mudança da regra em 2011, principalmente, referente à participação do goleiro, como jogador de linha. Agora, já temos alguns jogos, de alto nível (categoria adulta e em quadras grandes – 40m x 20m) realizados e podemos, com muito cuidado ainda, comentar sobre o que temos visto, ou possíveis “tendências” na parte técnica e tática. Assim sendo, apresentamos algumas “perigosas” conclusões:

1) A frequência da utilização diminuiu, logicamente em função das restrições apresentadas pela nova regra;

2) A partir da circunstância de jogo em que pode ser utilizado, os treinadores tem optado por um jogador de linha no gol, o que procuro chamar de linha-goleiro;

3) Aumentou a frequência de utilização do mesmo, no corredor lateral, do lado da zona de substituição. Por isto, alguns treinadores têm utilizado dois atletas (sempre que possível), sendo um canhoto, para um período de jogo e um destro para o outro período;

4) Maior frequência da marcação pressionante, imediatamente, após a perda da bola, para evitar finalizações diretas ao gol;

5) Maior frequência no jogo de 4x4, principalmente após, arremessos de meta;

6) A equipe que está ganhando, quando sofre a marcação pressionante, procura transferir a bola, para a linha de fundo, provocando um arremesso de meta e impossibilitando a outra equipe utilizar o linha-goleiro;

7) Em contra-partida, a equipe que estava utilizando um linha-goleiro, volta com o goleiro, quando tem que cobrar um arremesso de meta.

Em relação às categorias de base, principalmente, em competições regionais, em que são permitidas quadras menores, acredito que a frequência de ocorrência das situações acima e os comportamentos serão diferentes. Teremos que aguardar um pouco para apresentar algumas “conclusões” ou (o que eu sugiro) tentar antecipar algumas situações, já procurando desenvolvê-las nos treinamentos.

http://pablitoprofutsal.blogspot.com/


Sucesso a todos nas alternativas criadas!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PIQUE BANDEIRA 4 X 4.

O jogo, creio, já conhecido da grande maioria, segue a maioria das regras normais de um pique bandeira tradicional, com algumas adaptações para o futsal, e estas adaptações vão de acordo com os objetivos do treino, cabe ao profissional da área criar e diversificar.

Obviamente a bola deverá ser conduzida com os pés, com a introdução opcional da obrigatoriedade de um passe antes da realização do ponto, ou seja, antes da ultrapassagem da linha central da quadra.

Dentro da área do goleiro o passe sempre é livre, podendo a equipe que ataca com 2 jogadores trocar passes, nesta área protegida, a fim de “enganar” a defesa adversária.

Cada equipe terá que tomar suas decisões previamente de como vão atuar, exemplo:

. 2 atacam e 2 ficam na marcação

. 1 ataca e 3 ficam na marcação, ou vice-versa;

. Os marcadores ficarão em uma linha avançada ou em duas linhas, uma mais recuada;

Este jogo proporciona:

- Utilização constante de fintas de corpo para a ultrapassagem do adversário;
- Tentativa de ultrapassagem no meio de 2 marcadores a fim de atrair uma cobertura liberando espaços para a infiltração de um companheiro.
- Tomada de decisão individual e coletiva.

As variações são muitas, cabe ao quarteto decidir de como vai atuar.
http://2.bp.blogspot.com/-i1-PZvrojFU/Tl6suWcalBI/AAAAAAAAAWs/BZybIiVTsh8/s1600/pique+bandeira+4x4.jpg

http://enioferreira-futsal.blogspot.com/

MODELO DE JOGO

Professor André Luiz.

Houve um período que muitos profissionais da área e alguns acadêmicos , entenderam estar no caminho certo quando da padronização dos modelos de jogo, (redondo,quina, etc), há pouco tempo o PC apareceu com o Book on the table que adaptou do futebol americano, há pouco tempo atrás surgiram os pedagogos do futebol e do futsal, criando jogos reduzidos para se ensinar a jogar, jogando, mas todos fogem do simples, se diastanciam cada vez mais, principalmente quando falamos de formação de jogadores, o alto rendimento deve abandonar os padrões sistematizados de jogo e buscar o jogar livre pois essa é a essencia do futsal ai está a beleza o improviso a criatividade, a elasticidade de suas jogadas, porém isso só poderá ocorrer quando o professor (treinador) abrir mão da soberba e da vaidade pessoal e deixar de achar que é ele que faz o jogador , a equipe , a grande tática dos futsal ou do futebol está nos jogadores em sua inteligência em sua leitura de jogo em sua tomada de decisão, o treinador deve promover o desenvolvimento da criatividade em seus atletas, assim desenvolverá aspectos cognitivos primordiais para a prática do futsal, não meu amigo não se trata de empírismo, isso é estudado, como desenvolver o conhecimento processual de um atleta esportivo , só que não se atém apenas a quadra, bola, coletes, gols, jogos reduzidos, pressão tempo, pressão espaço, velocidade na tomada de decisões sobre pressãor e por aí vai,espero poder ter contribuído de alguma forma, forte abraço

http://enioferreira-futsal.blogspot.com/