TAÇA BRASIL SUB-15/2011

TAÇA BRASIL SUB-15/2011
MUITO OBRIGADO OBRIGADO A TODOS!!!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

JOGOS DE SUSTENTAÇÃO


ATIVIDADE
Jogo: Pé contrário
Objetivo: desenvolver habilidades do membro não-preferencial
Material: 4 coletes e 1 bola
O jogo: 2 equipes com 5 jogadores cada. Jogo com as regras normais, porém, só é permitido ao jogador ter contato com a bola utilizando o “pé contrário”.
ATIVIDADE
Jogo: Futsal acelerado
Objetivo: estimular a visão periférica e a constante atenção no jogo
Material: 4 coletes e 2 bolas
O jogo: 2 equipes com 5 jogadores cada. Coloca-se uma bola no centro da quadra. O jogo inicia com a outra bola com um dos goleiros. A bola que está no centro da quadra só entra em jogo após o gol, sendo que a bola que entrou no gol é colocada no centro da quadra.
ATIVIDADE
Jogo: Futsal com curinga
Objetivo: estimular situações de vantagem/desvantagem numérica
Material: 3 coletes + 1 colete de cor diferente e 1 bola
O jogo: 2 equipes com 4 jogadores cada. Além das duas equipes, haverá um jogador de colete (cor diferente) que será o curinga. Este jogador atua somente no ataque, independentemente da equipe que estiver atacando.
Referência: Prof° Gerard M. M. Fonseca & Profº Mauro A. da Silva

EXISTE TREINADOR IDEAL ?

Certamente não há, até porque eles são seres humanos sujeitos aos problemas e dificuldades como qualquer pessoa.

Há determinados tipos de treinadores, que se encaixam em alguns estilos.

Mas temos que nos colocar na realidade e ver que cada um é individual em si, pois determinado sucesso que treinador x tem com a equipe y, jamais poderá ser transposto para o treinado Alfa na equipe Beta, isto porque eles enfrentam realidades diferentes.

Deixamos claro aqui, que mais do que seguir determinado treinador/estilo, cada deve optar pelo tipo de treinador, no qual se sente mais à vontade.

TIPOS DE TREINADOR

Treinador Autoritário:

É um tipo de treinador que têm alguns condicionalismos, como por exemplo:

- o juízo que se faz de determinada situação poderá não ser o acertado;

- não vê outras soluções (autoritárias) possíveis para os problemas individuais ou coletivos.

Acredita piamente na disciplina, atribuindo a esta o fato de se ter ou não sucesso em determinada equipe/atleta.

Usa regra geral, punições para reforçar a importância das regras, mas para que possa ser sempre justo nas suas ações deverá reger-se sempre pelo mesmo nível, o que acontece é que este tipo de treinador não consegue efetivamente manter o mesmo nível e as mesmas decisões em relação a situações idênticas, com intervenientes diferentes, tendo em conta que somos seres humanos e não conseguimos orientar sempre pela mesma bitola.

Ao invés do que se pretende que seja um processo de ensino-aprendizagem de qualidade, firma sempre em reforços/estímulos positivos, este tipo de treinador utiliza a ameaça como elemento motivador.

Treinador Flexível:

Comparativamente com o tipo de treinador anterior, é agradável para com todos os que o rodeiam e a preocupação com o bem estar destes, é a nota dominante.

No entanto faz-se respeitar, não através de um ambiente autoritário, mas através da clara definição de papeis com os restantes elemento do grupo, assim com o espaço destes.

É mais popular e sociável.

Gosta e tem apetência pelo bom relacionamento com os que o rodeiam, usa reforços/estímulos positivos, no processo de ensino-aprendizagem.

Treinador Condutor:

Se comparássemos ao Treinador Autoritário, as diferenças seriam poucas.

Atribui muita importância à disciplina, só que é menos punitivo e mais emocional, em relação ao autoritário.

Está freqüentemente preocupado com a forma como os exercícios/treinos se desenrolam, porque mais do que confiar nas suas capacidades e no desenrolar imprevisível do treino, preocupa-se em que as coisas se processem como ele planejou e principalmente segundo a forma que ele pensou, pois ao sair um pouco da rigidez e inflexibilidade imposta por ele, há situações de conflito permanente e conseqüente punição. Unicamente por não ser como ele pretende que seja...

Encontra em si o exemplo ideal para que os atletas o sigam para atingirem os objetivos a que se propuseram.

Treinador Despreocupado:

É totalmente o oposto do treinador autoritário. Parece não sofrer qualquer tipo de pressão/problema. Tudo não é mais do que um desporto interessante, no qual tem prazer em ganhar, mas não vive com essa obsessão.

Em determinados momentos, parece não levar as coisas à sério, não fica nervoso nem sob stress, em situações francamente desconfortáveis/desfavoráveis.

Transmite aos que o rodeiam que tudo está bem e sobre controle.

Treinador Metódico:

É o tipo de treinador que mais nos deparamos nas modalidades desportivas.

A vontade de aprender e evoluir é tanto maior quanto o desejo de ter um percurso de sucesso neste mundo Desportivo.

É um pouco egoísta e ao contrário do que acontece com muitos treinadores, não tem uma postura arrogante e superior sobre os outros, isto é, admite que não sabe tudo, e que não terá resposta para tudo, mas uma certeza podemos ter, é que irá fazer tudo quanto puder para solucionar este tipo de situações.

Mais do que saber só a teoria, preocupa-se em verificar a viabilidade ou não da aplicação de muitas das teorias que estudou e aprecia, fato este que só o beneficia enquanto treinador, assim como os atletas, tendo em conta o progressivo aumento da qualidade dos seus treinos.

Como o treino está a tornar-se cada vez mais uma ciência exata, procura informar-se de todas as formas possíveis sobre a evolução do mesmo.

É este espírito de iniciativa/aprendizagem uma das características a reter deste tipo de treinador.

É um tipo de treinador muito lógico, dentro do que se pretende concentrar, é frio nas relações pessoais, possui um alto nível intelectual, é pragmático e perseverante.

www.portaldofutsal.com

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Desarme



“Desarme é a técnica, que o jogador adquire, de impedir que o adversário progrida ou receba a bola em condições de levar perigo ao seu gol”. (MELO, p.68)
O desarme está inserido na marcação, e é fundamental para a obtenção do contra-ataque.
“Desarmar é o ato ou efeito de recuperar a bola, de toma-la do adversário, sendo uma conquista da marcação bem feita”. (LEAL, p.59)
De acordo com (TENROLER, p.89), na defesa o atleta deverá utilizar o corpo para:
“- bloquear a bola;
- lutar pela recuperação da bola;
- “atacar” constantemente seu oponente;
- dificultar ao máximo as ações de quem está com a bola;
- movimentar-se com rapidez;
- tentar deslocar o adversário para a lateral da quadra;
- estar pronto para contra atacar quando recuperar a bola.”
O contra-ataque é o prêmio da “boa defesa”. É comum observarmos equipes que aplicam uma marcação ativa e consistente, terem várias oportunidades de contra atacar.
“Desarmar é o ato ou efeito de recuperar a bola, de tomá-la do adversário, sendo uma conquista da marcação bem feita”. (LEAL, p.59)

Abraços !!!
Postado por vandecofutsal

Fragmentação de uma ação ou manobra

Bem, falando sobre treinamentos hoje quero postar aqui sobre a questão da FRAGMENTAÇÃO DA AÇÃO, isso seria você pegar a movimentação, a jogada ou algo similar e fragmentar todos os passos para o sucesso dela. O que acontece muito é o técnico chegar no treinamento e querer colocar uma jogada logo de cara para a equipe e quer exigir dos atletas que toda complexidade da jogada seja executada com perfeição o mais rápido, assim acaba "robotizando" os atletas que na hora do jogo somente irão repetir os movimentos e ações treinadas, sem outras possibilidades, porque foram condicionados a isso.
A fragmentação vem para fazer com que o atleta entenda o movimento, pense em possíveis alternativas, algo assim. O que acontece nesta ação é simplesmente o treinador colocar o atleta para fazer cada um dos movimentos separadamente, sem estar com a bola, somente para que ele memorize e armazene a informação para que na hora da execução possa realizar da melhor maneira possível.
Um exemplo disso é como se fosse uma jogada de lateral que você tem o jogador que executa a reposição e a movimentação dos outros jogadores, assim podemos pegar por posição e desenvolver o trabalho fragmentado, ou seja, o movimento é desenhado do ponto de inicio ao ponto final da movimentação dentro da jogada, então será executado somente aquele movimento ex: ATLETA 01: “Está na Ala Oposta, faz uma corrida em diagonal para o fundo da quadra”, todos os atletas irão realizar repetidas vezes este movimento separadamente. ATLETA 02: “Esta centralizado na quadra ofensiva, irá correr até a marca do pênalti e trocar de direção para ir ao encontro da bola, depois corre para o centro da área”. ATLETA 03: “O atleta se encontra do mesmo lado da bola e fará uma corrida para o lado oposto da quadra até chegar à ala”. ATLETA 04 “Está no local onde seria a cobrança do lateral, faz uma corrida até onde estava o atleta 02, simulando que ele receberia um passe ‘pisado’ deste, indo de encontro a bola”. Observação: É uma jogada apenas ilustrativa, somente um exemplo de movimento.
Então o que quero deixar claro é que cada um destes movimentos inicialmente seriam trabalhados separadamente para que fossem memorizados, após isto todos os atletas poderiam entrar em qualquer posição que saberão qual o movimento a ser realizado, agora depende apenas de acertar o tempo de jogada. Enfim, isto é mais fácil para o entendimento do atleta e facilita o trabalho da comissão para novas criações, dentro destas movimentações poderão sair inúmeras variações principalmente com a ajuda dos atletas, pois como está no post anterior, precisamos fazer nossos atletas pensar no jogo, não apenas no movimento repetido.
Finalizando, fica ai a dica para quem quer fazer render os treinamentos e evitar os desgastes inúmeros das correções que são feitas por causa de uma corrida errada, um movimento invertido, etc. Na hora da execução da jogada. Obrigado a todos!
Postado por Samuel em seu blog.

DETALHES TÁTICOS

DETALHES TÁTICOS
Professor Esp. Vanderlei Wosniak

Ao pensarmos em tática, faz-se necessário considerar alguns fatores de fundamental importância:
- Raciocínio: os atletas têm que pensar no que vão realizar durante o jogo - os padrões, o posicionamento, as jogadas – precisam ser realizadas de forma consciente. As jogadas táticas requerem excelente sintonia entre os atletas que a executam;
- Comunicação: às vezes, os técnicos encontram dificuldades para transmitir o que querem aos seus atletas (falam demais, e ninguém compreende nada). A comunicação não se faz apenas de forma verbal. Em muitas situações é necessário que o técnico demonstre, exemplificando o que foi citado. Outro aspecto importante na comunicação salonista é o vocabulário que utilizamos. Muitas vezes é mais inteligente ser compreendido do que demonstrar muita cultura;
- Velocidade da bola: é de fundamental importância na preparação tática de uma equipe. A velocidade da bola determina a velocidade dos movimentos. Por exemplo, o atleta que vai receber a bola, tem que Ter a velocidade de seu deslocamento em sincronia com a velocidade do passe.
- A linha da bola: é talvez a principal referência para o posicionamento dos jogadores, tanto ofensivo quanto defensivo. Por exemplo, ao defender, posiciona-se os jogadores atrás da linha da bola, não permitindo que o adversário adquira vantagem numérica.
- O grupo: o futsal é um esporte coletivo, portanto, deve ser praticado em grupo. Sempre haverá o jogador mais talentoso, mas não conseguirá fazer tudo sozinho. A equipe deve ser um todo, cada integrante tem importância para o sucesso do grupo.
- Os detalhes: ao planejar a tática, precisamos organizar alguns detalhes técnicos e táticos, visando por um lado beneficiar a construção das jogadas de nossa equipe, e por outro, dificultar as ações do nosso adversário. Detalhes simples, porém, podendo ser decisivos durante o jogo, como: fintas, pé de habilidade, locais estratégicos para uma jogada individual, etc.
A tática é planejada, estudada e organizada, devendo ser compartilhada com todo o grupo. O sentido de cooperação deve ser estimulado entre o grupo.
“Craques vencem algumas partidas, trabalho em equipe ganham campeonatos”. (Michael Jordan)
Aos técnicos, portanto, caberá a função de estimular seus jogadores a pensar.
Postado por vandecofutsal em seu blog.

Detalhes de uma defesa


Detalhes de uma defesa
É isso ai pessoal, mais um post aqui. Dessa vez vou falar sobre uma experiência em relação a defesa, pois observei que muitos técnicos se preocupam em passar coisas sobre as defesas, posturas, linhas de marcação, observei, também, que muitos apenas repetem algo que viram, pegam o conteúdo e repassam, eu já fiz muito isto e aposto que todos um dia fizeram.
Mas aqui eu venho não para falar sobre quem repete ou não repete movimento, vim pra falar sobre uma característica que não vi em nenhum DVD, vídeo, etc. Eu apenas ouvi o Ilustre Marquinhos Xavier (técnico que tenho como referência) falando sobre isto em uma palestra. Isso me fez refletir, repensar um pouco a defesa e começar a observar os comportamentos defensivos de muitas equipes, isso me levou a uma conclusão que, talvez, muitos também já tenham, sendo ela que: Independente da postura, linha ou tipo de marcação, ela somente terá sucesso se você colocar, ou tentar, o pé na bola que está com o adversário. Vocês vão falar “Ah! Isso é óbvio!” sim, é muito óbvio, mas muita gente não observa este detalhe, já assisti a vários treinamentos, participei, mas não ouvi os treinadores colocando isso para os atletas, a importância de tentar por o pé na bola. Pensam sempre em “vou marcar quadrante”, “vou marcar em primeira linha” ai passam, “você fica aqui, ele ali, nesta situação X você faz isso, na situação Y ele faz aquilo”. Não questiono ou falo mal do método de trabalho de ninguém, apensa estou colocando meu ponto de vista que sempre a equipe tem que ter a consciência de “por o pé na bola”.
Se observar eu repeti isso várias vezes já, mas é isso mesmo, eu também faço a mesma coisa nos treinamentos repito insistentemente esta frase, pois eu penso que somente assim poderá ser assimilado pelos atletas. O que eu quero colocar aqui não é o sistema de defesa que será usado é apenas o detalhe a ser inserido em sua defesa. Você pode marcar quadrante, losango, pressão, individual, misto, etc. Que se não tentar colocar o pé na bola, for mais passivo o ataque irá se aproveitar disso, pois terá mais “folga” para pensar as jogadas os passes serão mais precisos, rápidos, porque o atleta sempre terá equilíbrio com a bola e possibilidade de observar o jogo. Quando se coloca, ou tenta colocar, o pé na bola você passa a “incomodar” o adversário, ele começa a ter desequilíbrio, os passes já não são tão precisos assim, pode-se conseguir um desarme em uma bola que saia de um passe “quebrado” e, claro, o desarme na individualidade de quem está colocando o pé na bola.
Enfim, o que pretendo passar é que a defesa realmente tem melhores condições que quebrar a “manipulação” de um ataque quando começa a incomodar os atletas, então é preciso também que eles sofram um “ataque” da defesa, tentando manipular e induzir o ataque a fazer algo que possa se transformar em um erro ofensivo beneficiando nossa defesa. Não quero falar que estou certo ou errado ou que os demais treinadores estejam, porém coloco meu ponto de vista e observei realmente no jogo final de uma competição que isto foi o que fez a diferença. Então segue um abraço a todos e que eu possa ter contribuído, mesmo que pouco.

Postado por Samuel as em seu blog

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Futsal Globalizado

Moramos em um país de tamanho continental e culturalmente obcecado por jogo de bola com os pés como diz Alcides Scaglia, desta forma é normal ter uma quantidade enorme de jogadores e treinadores espalhados por todo o mundo.
Ficou evidenciado na Copa do Mundo de Futsal em 2008 realizado no Brasil a quantidade de jogadores naturalizados por outros países e defendendo sua nova pátria. Tivemos jogadores na Rússia, Japão, Espanha e principalmente na Itália. Ótimos jogadores que mais do que defender esse país ajudaram muito a desenvolver esse esporte indoor. Não devemos julgar os motivos que levam jogadores e treinadores a tomarem essa decisão, mais também olhar por outra ótica: a demanda de jogadores que temos no Brasil, conseguimos formar mais do que uma seleção; o amadorismo com que ainda é tratado o futsal no Brasil faz com que cada um busque sua independência financeira em locais e países diferentes.
Antes tínhamos apenas a Europa como um mercado com maior visibilidade e vantagens para salonistas brasileiros, mas recentemente vemos novos mercados como Japão onde temos jogadores e treinadores como Mário Tateyama estudioso do futsal e treinador neste país. O jogador Cabreúva que era uma figura certa nas convocações da seleção brasileira hoje joga no Kuwait com outros salonistas brasileiros.
Mais dentro deste contexto países da América do Sul ficavam muito para traz, com ligas que não tinham nenhum tipo de visibilidade e com seleções mais frágeis, exceto a seleção Paraguaia que teve em 2007 o técnico Fernando Ferreti como seu treinador e atualmente atuando como coordenador técnico. Recentemente temos o jogador Thiago Negri (olhe) pioneiro no futsal colombiano jogando junto ao melhor jogador colombiano da história Jonh Pinilla abrindo as portas para mais jogadores. Temos também a Liga da Venezuela que acaba de contratar o técnico Celso Marques que dirigiu a seleção brasileira de futebol de salão no Mundial realizado na Colômbia em 2011 e mais dois atletas que fizeram parte deste grupo.
Vemos que nós brasileiros além de aumentar nossa hegemonia dentro do futsal com jogadores e treinadores em todas as partes do mundo, estamos auxiliando no desenvolvimento do esporte em muitos países, mesmo que inconscientemente. Temos essa noção mais clara nas competições e jogos extra-oficial da nossa seleção brasileira.
http://futsalsaindodaprancheta.blogspot.com/

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Treinamento de futsal: Qual o método correto de preparar sua equipe?



Vivemos em uma transição muito benéfica para o esporte. Reconhecimento de novos técnicos no cenário nacional como Paulo Cardoso, Marquinhos Xavier, Perdigão até na seleção há alteração com Marcos “Pipoca” Sorato e Vander Iacovino e temos a confirmação de grandes treinadores como PC Oliveira, Ferreti, Miltinho, Paulinho Gambier, entre outros. Vale salientar que entre todos técnicos existentes cada um tem seu modo de trabalho que não cabe a nós escolher o certo ou errado, mais sim refletir sobre as diferenças e as contribuições que cada uma poderá nos trazer.
Hoje há escritores e técnicos que defendem métodos de treinamentos que na sua concepção acabam tendo maior eficácia para a formação do atleta e por consequência da equipe. Estes métodos são:
-centrado na tática: referem-se a atividades que visam um desenvolvimento do atleta no esporte através do jogo causando imprevisibilidades, situações problemas.
-centrado na técnica: refere-se a uma metodologia de treino que não vai ao interesse do jogar e que principalmente treina as habilidades fora do contexto do jogo.
Partindo do principio que o futsal está cada vez mais dinâmico e as tomadas de decisão tem que ser as mais rápidas e eficientes possíveis, passaria a treinar só através de métodos centrado na tática com jogos reduzidos, condicionados, entre outros. Até porque a isto nos traria situações problemas, traria um maior acervo motor para os atletas, uma melhor leitura do jogo, desta forma ter que tomar as decisões mais eficazes, ou seja, fazer a coisa certa na hora certa.
Já pensando na parte tática do jogo onde uma movimentação, um sistema defensivo, uma manobra de ataque deve ser ensaiada exaustivamente, pois é decisivo hoje nas partidas de futsal, pois há treinadores que tratam o treino destas como “coreografias” (movimentações sem bola) para que os atletas assimilem e minimizem os erros dentro do jogo. Sendo assim será que já não estamos treinando no outro método citado acima o: centrado na técnica?
Qual destes está certo? Existe o certo ou errado no futsal? Qual você utilizaria? Na minha opinião não há o certo ou errado, por certo utilizo os dois, pois quem dará a resposta é a equipe a qual preparamos, está sim vai solicitar através feeling do técnico qual sua necessidade no momento.
Postado por Prof º Esp. Hugo L. A. Arnold
http://futsalsaindodaprancheta.blogspot.com/

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Controle de erros eventuais de expectativa

A expectativa deve ter monitoramento e avaliação perceptiva, não podendo ser a base das estratégias de uma equipe. Realizar um planejamento com base na expectativa ou de retrospecto pode tornar a conclusão da meta algo impossível.
Por este motivo, o desenvolvimento do trabalho deve primar pelo desenvolvimento do atleta proporcionando a ela a segurança necessária para os momentos decisivos.
Desta forma entendo que o Técnico precisa desenvolver seu trabalho com prioridade na melhora da capacidade e autonomia das decisões de jogo.
Esse desenvolvimento pode garantir que eles tomem decisões não-programadas aquelas que recorrem a sua mente criativa e a sua intuição, não se utilizando apenas de suas análises sistemáticas ocasionando um percentual razoável de erros de expectativa, pois como sabemos o Futsal possui exigência dinâmica e muitas vezes recorrem a criatividade como solução de problemas.
O treinamento técnico aprimora o desenvolvimento motor, elevando seus níveis de precisão nos movimentos, execução e velocidade na reação. Exigências físicas importantes e que proporcionam suporte ao nosso sistema como um todo facilitando assim o nosso poder de decidir os caminhos e as ações estratégicas a serem executadas.
Mais não se pode substituir o desenvolvimento intelectual e emocional do atleta por sessões de trabalhos onde somente o desenvolver do corpo é prioridade.
Qual a justificativa para tal preocupação?
No esporte em geral trabalhamos com a certeza (baseada muitas vezes na expectativa), com o risco (percentual de erro e acerto) e nas incertezas (baseado nas ações imprevisíveis).
Analisando cada uma das situações de forma simplificada observamos que:
•Certeza – Consiste na condição que possuímos de preparação para enfrentar nosso adversário, as informações técnicas a respeito do mesmo e as alternativas disponíveis para o enfrentamento.
Deixando a visão passional de lado e buscando as respostas podemos ai sim conhecer as verdadeiras chances que possuímos.
•Riscos – Conhecer a probabilidade de insucesso e o nível de exposição necessário para obter o resultado.
Quais as reais condições do confronto? Assumir responsabilidades extremas pode comprometer o futuro emocional da equipe, levando-a ao descrédito.
•Incertezas – Fatores que não possuímos o controle, desconhecer alguma informação relevante, clima que move o encontro, arbitragem, condições do jogo e porque não as imprevisíveis do adversário.
Quem pode garantir sair de casa e que irá retornar ao final do dia? Como podemos então assegurar sucesso numa disputa, sabendo que a incerteza é parte do desafio no esporte.
Essas são minhas justificativas para o desenvolvimento de trabalhos que possam auxiliar nossos atletas, entendendo que a preparação deve ser em foco no sentido de prepará-lo para agir também num ambiente não previsto e que muda exatamente com a mesma velocidade do jogo.
Sem desprezar em nenhum momento o trabalho técnico, sugiro a inclusão do trabalho emocional e psicológico como forma de minimizar a incerteza e que o objetivo seja exeqüível.

Montagem do plano de jogo

1 – Examinar a Situação
•Da sua equipe;
•Do adversário.

2 – Criar a Estratégia
•Baseando-se nas previsíveis;
•Baseando-se nas possibilidades imprevisíveis.

3 – Avaliar as Estratégias
•Chances de ser conclusa;
•Chances de insucesso.

4 – Implementar e Monitorar
•Seguir a estratégia;
•Ajustar a estratégia;
•Abortar a estratégia.

Dentro da montagem desse plano de jogo desenvolvemos o trabalho técnico e de preparação emocional, ajustando as expectativas e proporcionando maior segurança para redimensionar a estratégia de trabalho logo após o jogo, se necessário.
Postado por Marquinhos Xavier

Os momentos do jogo



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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

sábado, 12 de novembro de 2011

A EQUIPE (OS JOGADORES)

A grandeza de uma equipe depende, única e exclusivamente, da intensidade dos treinos físicos, técnicos e táticos dos seus jogadores, não só em busca da habilidade individual, mas também da automatização dos conceitos elementares do chamado “jogo de equipe”.

Quando um atleta é escolhido para integrar uma equipe, ele perde o direito de fazer o que bem entende durante o treino, ou jogo. A partir daquele momento a sua atuação estará subordinada aos interesses dos demais companheiros e da equipe.

O valor e a projeção de uma equipe são o reflexo da qualidade da preparação física, da qualidade técnica e das condições morais e materiais proporcionados aos seus integrantes. De nada vale uma excelente qualidade técnica, se estiver separada da preparação física e vice-versa. O mesmo acontece com a equipe que tem boa preparação física igual à qualidade técnica, e é desprovida de cobertura moral e material.

A preparação física, além dos benefícios que transporta, é preventiva contra acidentes. E, além disso, tem como fundamento essencial, possibilitar aos atletas a fuga ao cansaço nos treinos e jogos. O cansaço é o maior inimigo físico e psicológico do atleta. O cansaço em demasia exerce influência na diminuição do raciocínio.

Um atleta terá de conseguir integrar a equipe convocada sempre por mérito próprio e nunca pelo fracasso dos seus colegas.

A partir do momento em que um atleta é integrado numa equipe, ele estará assumindo um compromisso de honra para atuar em perfeita sintonia, absoluta solidariedade e com o mais profundo respeito aos outros companheiros, perdendo, por conseguinte o direito de tomar iniciativas pessoais que possam ser prejudiciais à equipe.

O membro da equipe, que insiste em atuar seja no treino ou no jogo, sem tomar conhecimento das instruções da equipe técnica e da presença dos demais jogadores, cometendo erros consecutivos – de propósito, por relaxamento ou displicência - além de demonstrar acentuada falta de educação, não está a contribuir para o perfeito funcionamento das partes e conseqüentemente, o êxito do conjunto.

Nos desportos coletivos o atleta não é totalmente livre. O seu comportamento é subordinado, não só aos companheiros, como, principalmente, aos interesses da equipe. Não pode, portanto, fazer o que bem entende, porque ele não é a equipe. É apenas uma parte dela.

O atleta, por melhor que seja, individualmente, mas desgarrado do espírito e dos objetivos dos outros companheiros, torna-se um elemento inútil e prejudicial à equipe.

A transferência de responsabilidade é uma deficiência moral que sempre existiu, mas que se manifesta em todas as áreas de atividade, sendo um hábito feio, próprio de pessoas desprovidas de personalidade, honestidade e firmeza de caráter. No setor desportivo, ocorre quando o atleta, para ficar em paz com a sua consciência, procura justificar o seu fracasso e o conseqüente insucesso da equipe, culpando os companheiros, a atuação da arbitragem e, em último caso, responsabilizando também a direção técnica. Mas o pior de tudo é quando o atleta não reconhece as suas deficiências e não corrige os seus erros.

O atleta que se propõe participar num jogo de responsabilidade, sem estar física e tecnicamente preparado, nem tão pouco entrosado na equipe, demonstra imprudência e desonestidade.

Uma equipe composta de jogadores “covardes”, irresponsáveis, indisciplinados e indiferentes à vitória ou à derrota, dificilmente conseguirá obter nas competições, resultados positivos que sejam dignos de louvores.

http://www.portaldofutsal.com

A falta de reciclagem do treinador de Futsal




Todo treinador de futsal deveria sempre trocar informações sobre técnica e tática com outros profissionais para buscar um melhor aprimoramento na modalidade. Além do lazer, arte e espetáculo, acredito que o futsal é uma exibição de técnica; e não existe arte sem técnica.

Profissional de teatro tem de entender de teatro. Profissional de futsal tem obrigação de conhecer os detalhes técnicos do futsal. Parece óbvio, mas não é. Muitos acham que o futsal é somente espetáculo e entretenimento. Desprezam os dados técnicos, táticos e estatísticos. Além disso, substima-se a inteligência e o conhecimento do torcedor que gosta de futsal.

Por sua vez, a imprensa - mesmo a especializada - não promove discussões mais aprofundadas, publicando somente resultados, classificações e “próximas rodadas”.

O profissional de futsal, além dos conhecimentos relacionados a técnica e a tática, deveria também procurar conhecer um mínimo de psicologia, medicina, nutrição e preparação física aplicadas à modadlidade, participando de cursos, seminários e clínicas.

A maioria dos treinadores e dos jogadores de futsal não gostam de dar explicaçoes técnicas. Não gostam ou não sabem. Costumam sempre dar as mesmas respostas evasivas, desprezando o conhecimento de pessoas ligadas ao futsal.

Culpando a má sorte, os erros do arbítro e os gols perdidos pela equipe. Por outro lado, as questões formuladas pela imprensa não se aprofundam; quase sempre superficiais, não abordam pontos importantes como posicionamento dentro da quadra, esquemas de jogo e suas variaçoes.

Se técnicos e jogadores de futsal tivessem mais interesse em conhecer a maneira de jogar de cada membro de sua equipe e da equipe adversária, atingiriam melhores resultados Um jogo de futsal não é disputado apenas com habilidades, mas também com técnica de competição. O coletivo deve sempre prevalecer sobre o individual.

Para muitas pessoas, ligadas ao esporte de uma maneira geral, o futsal continua sendo uma atividade menor, primária e apenas física, quando, na verdade, é um jogo de técnica e de inteligência, no qual também se sobressaem a intuição e a emoção.

Dai a importância, fundamental, de os profissionais da área estarem sempre se reciclando.

Autor: Prof.Rubens Fernandez. Treinador de Futsal.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

SELEÇÃO CARIOCA


Alan Teixeira, técnico do sub-15 é convocado para seleção carioca
Alan Teixeira com o troféu da Taça Brasil de Clubes (Crédito: Luana Motta/BFR)Alan Teixeira com o troféu da Taça Brasil de Clubes (Crédito: Luana Motta/BFR)

A parceria entre Botafogo e Casa de España no futsal rendeu mais um ponto positivo ao Glorioso. A Federação de Futebol de Salão do Rio de Janeiro divulgou a lista dos convocados para a disputa do Campeonato Brasileiro de Seleções e, sem surpresas, o técnico Alan Gomes Teixeira, do Botafogo, foi convocado para comandar a seleção carioca sub-15 na competição.

Recentemente Alan levou o Sub-15 do Botafogo/Casa de España ao inédito título da Taça Brasil de Clubes, que foi disputada em Abril, em Caxias do Sul.

O Botafogo parabeniza o técnico pela convocação e lhe deseja boa sorte na competição!

Luana Motta

http://www.bfr.com.br/oclube/noticias/alan+teixeira+tecnico+do+sub-15+e+convocado+para+selecao+carioca.asp

A comissão técnica da seleção carioca será composta pelos seguintes profissionais:

COORDENADOR TÉCNICO- Dilson Ramada Júnior (F.F.C.)

TREINADOR – Alan Gomes Teixeira (Casa de España/BFR)

PREPARADOR-FISICO – Marco Rodrigo Teixeira Andrade (F.F.C.)

FISIOTERAPEUTA – Samuel Brandão Sobrinho Neto (C.R.V.G.)

TREINADOR de GOLEIROS – José Alberto S. Quitete (C.R.F.)

SUPERVISOR – Sergio Peres (F.F.S.E.R.J.)

Linhas-de-passe e suas transposições.

Como ficar o maior tempo possível com a posse-de-bola? Seria correto aumentar as dimensões da quadra ou 40x20 é o suficiente? Entre muitas outras abordagens...há quem diga que é covardia marcar em linhas 3 e 4, há quem considere incapaz e incompetente o técnico que propõe marcações por zona nas categorias de base. Pode acreditar! Até acho que isso abre espaço para algumas discussões, mas vamos com calma! No estilo de jogo atual e em suas mais variadas situações, a agressividade da qual considero ideal e abordei na última postagem está sempre presente, isso é inegável. Talvez por ser treinada, talvez por estar presente no jogador, ou talvez pelo simples calor ou necessidade da partida, do sub9 ao adulto, guardadas as devidas proporções. O que dificulta muito a transposição de linhas-de-marcação e nos remete a quebrar a cabeça na busca por criação de linhas-de-passe. Na busca pelo perfeito encaixe padronizado de troca-de-passes, pela perfeita organização ofensiva, ou procurando transpor linhas-de-marcação, convivemos e vivenciamos alguns dilemas no jogo de Futsal moderno. O material humano (qualidade e quantidade) que foi dado para você trabalhar, basicamente vai ditar o ritmo, a intensidade, e pra onde vai pender o seu trabalho. Em sua periodização você vai priorizar ataque, ou defesa? Mas mesmo assim, as vezes mais ou as vezes menos, você há de qualificar a posse-de-bola da sua equipe de alguma maneira para não viver na eterna esperança de um contra-ataque milagroso. Padrões, trabalhos de manutenção de posse-de-bola e etc. Não é mais certo nem mais errado vencer um jogo de maneira defensiva constante, e muito menos covarde, mas não vamos nos enganar, um gol bem trabalhado em padrões que transponham zonas-de-marcação, é muito mais bonito!!
Tomemos como exemplo o jogo de sábado passado (25/06) entre Santos/Cortiana x Corinthians/São Caetano. 4 a 1 para o Corinthians foi o resultado final. Costumo brincar que quando somamos Ferretti + Falcão + Gol-linha = no mínimo 1 ou 2 gols. Coisas do acaso, não me recordo de um momento sequer de bom aproveitamento na troca de passes e quebra de linhas-de-marcação, e aquele que considero o maior estrategista do futsal mundial, PC de Oliveira, venceu a partida. Isso que estou citando situação de superioridade numérica, não teve jeito. Nesse caso, a dura, agressiva e concreta marcação e o trancamento de linhas-de-passe venceram a enorme qualidade técnica e tática (claro que o goleiro também participou dessa brincadeira, muito apesar de eu não o achar ´´nada demais´´). Certa vez ouvi o Ferretti dizer que o passe não se caracteriza somente pelo seu gesto motor, e que para a perfeita execução do mesmo, seja ele simples ou complexo, curto ou longo, precisamos de muita concentração de quem está com a bola e abertura de linha-de-passe, ou seja, criação dessa linha. Basicamente ele quis dizer que quem efetua o passe não é só quem mexe o seu pézinho. No Brasil, onde temos fundamentos bem trabalhados, nossa maior dificuldade nessa valência é posicionar corretamente quem vai receber o passe. Inteligência não é criada no atleta, mas aperfeiçoada, talvez.
Seguimos estudando formas de quebrar linhas gerais da quadra...um grande abraço!!!

http://www.futsalglobal22.blogspot.com/
Postado por Cyro Bueno

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Os princípios gerais de uma partida - As três fases do jogo – Abertura/Meio do Jogo/Final



Um bom conceito do jogo pode definir caminhos mais seguros dentro de uma partida, por este motivo dividi o jogo em três partes, que na verdade não se refere ao tempo da partida nem a duração do jogo, mais sim, ao jogo propriamente dito.

Se definirmos uma ação de ataque, ele terá um inicio, meio e uma finalidade, por sua vez, estas três partes precisam estar organizadas para que a extensão de todo movimento seja bem sucedida.

Acho importante destacar isso, pois precisamos partir do principio de que a dinâmica do Futsal exige organização, pensar em ataque sem se descuidar da defesa.

A mesma ação que nos levará ao ataque exigira uma preparação para a recomposição da defesa, sendo assim, definir as três fases e potencializá-las para um rendimento mais seguro e eficaz.

A primeira Fase – Abertura (Saída de Jogo/Pressão)

Conceitos:

 Posicionamento que proporcione mobilidade para as manobras de avanço, para realizar uma boa saída de pressão é necessário um posicionamento correto com possibilidades de saída rápida;

 Rápido desenvolvimento de todos os atletas, criando dificuldades para o encaixe da marcação;

 Determinar uma linha de avanço (Ex: linha central) para que todos tenham a consciência de avançar de forma coordenada e ao mesmo tempo o limite desejado;

 Evitar a saída pelo centro da quadra, ao menos que este seja feito no primeiro passe e com extrema segurança;

 Evitar a perda do tempo, movendo-se apenas 1, 2 ou 3 jogadores, todos devem ter movimentos definidos para movimentar todo o sistema de marcação;

 Evite que o posicionamento de um jogador prejudique o avanço de outro, ou dos demais;

 Após a bola ter passado o centro da quadra, dando possibilidade para utilização do goleiro como segurança, dominar o centro do jogo para manter a posse da bola e elaborar a ação de ataque.



A Segunda Fase – Meio do Jogo (Organização do Ataque)

Conceitos:

 Ocupar as diagonais abertas com buscas e aproximações, linha de passe e desmarcações;

 Alongar as saídas sem bola, prolongando as possibilidades de ataque no fundo de quadra:

 Mobilidade dos homens (alas) para tentativas de finalizações de média e longa distância;

 Evitar passes para trás, cada metro para reinicio de jogo representa atraso na construção do ataque e a necessidade de um novo desgaste para se chegar onde já estava;

 Este setor precisa de criatividade, ousadia, e acima de tudo objetividade, pois se trata de um setor com baixa duração da pose de bola:

 Disputar o domínio deste espaço, posicionado sempre de forma avançada:

 Definir a forma de ataque (Ex: 3x1, 4x0, 2x2 com busca... etc).



Estes posicionamentos permitem que os atletas tenham uma visão do ataque, bem como, dos demais companheiros.

Correr lateralmente nestas situações dificulta a visibilidade do ataque e dos companheiros, facilita o aperto dos marcadores.



o Para evitar perda no rendimento, ter atenção:

 Movimentos atrasados, abandonando o homem da bola;

 Posicionamento isolado, sem ser opção de movimento;

 Fora de linha de passe, facilitando o aperto da marcação;

 Manter-se por muito tempo atrás da marcação adversária.



A Terceira Fase – Final (Definição do Ataque)

Conceitos:

 Buscar objetividade nas áreas de conclusão, não atrasar os ataques, é possível encontrar muitas dificuldades em razão da concentração da marcação:

 Não responder apressadamente aos ataques da marcação, a perda da posse pode geral contra-ataque;

 Ler a marcação antes de definir o lance final;

 Evite trocar uma finalização por mais um toque na bola, a menos que seja inevitável;

 Assuma a iniciativa, atacando a marcação quando passiva;

 Muitos movimentos ofensivos podem limitar ou bloquear os espaços;

 Concentre a ação ofensiva em mais de um jogador para não se tornar previsível, busque opções pelas duas alas da quadra;

 Procure ter ações ofensivas definida, para evitar muitas improvisações;

 Quando estiver no ataque, não se descuide da marcação, a dinâmica do jogo exige ações de contenção para evitar os contra-ataques;

 Faça analises após o jogo para corrigir os erros ocorridos;

 Sinta-se desafiado em enfrentar equipes “teoricamente” mais fortes, é uma grande oportunidade de evoluir;

 E tenha em mente que o sucesso é alcançado após algumas derrotas.

Os conceitos das fases do jogo preconizam pela organização, criatividade e principalmente pelo trabalho de correção e ajuste após as partidas.

A liberdade para o acréscimo de outros conceitos torna este artigo material de uso coletivo, para a evolução do nosso esporte.

Um grande abraço e excelente trabalho a todos.


Prof. Esp. Marquinhos Xavier - Copagril/DalPonte

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Formação




A Formação de Jogadores de Futsal

Ferretti, ex-técnico da seleção brasileira e atual da Santos F.C, resumiu muito bem algo que, recentemente, tomou forma no futsal nacional: o êxodo dos melhores jogadores para o exterior e a decorrente exposição de jogadores desconhecidos (mas competentes) do público em geral. Certamente, boa parte destes não teria a mesma chance de jogar se aqueles ainda estivessem por aqui. O treinador levanta outro ponto interessante: com o êxodo dos craques houve um nivelamento das equipes. Por extensão, abriu-se um precedente para que os técnicos em geral e em particular aqueles que investem na formação de jogadores façam a diferença.
Inicialmente, compartilho a idéia apresentada de que os jogadores não são formados apenas nas categorias menores e de que o aprendizado em futsal se estende à categoria principal. Significa dizer que tanto um técnico da categoria Sub-13 quanto, por exemplo, um expert como o Miltinho , respeitando-se as particularidades e o nível de experiências anteriores dos atletas, formam jogadores. Por outro lado, é preciso destacar que, a rigor, os técnicos nunca perderam a vez, ainda que nem sempre isso seja reconhecido e ainda que nem todos tenham talento (ou estejam dispostos) para ensinar os jogadores a jogar bem futsal.
"(...) sugeriria que os técnicos, independentemente da faixa etária em que atuam, investissem boa parte do treino em situações tático-cognitivas. Estas exigiriam dos jogadores as habilidades de perceber e de analisar as situações e de apresentar soluções para os problemas".
Quando do ensino do futsal, vale a pena ponderar sobre a contribuição dos técnicos de diferentes categorias na formação dos jogadores. A meu ver, é muito relevante e sobre muitos aspectos. Destacaria uma em particular: a de contribuir para que aqueles percebam (leiam, pensem, raciocinem) o jogo, isto é, para que fiquem cada vez mais inteligentes. Por que a inteligência? Por que o futsal é um jogo eminentemente de natureza tática. Logo, a resolução de problemas é constantemente exigida. E não dá para resolver o que não se percebe! Portanto, sugeriria que os técnicos, independentemente da faixa etária em que atuam, investissem boa parte do treino em situações tático-cognitivas. Estas exigiriam dos jogadores as habilidades de perceber e de analisar as situações e de apresentar soluções para os problemas. Como os técnicos poderão treinar a inteligência dos jogadores? Inserindo jogos no treino (esta aí a medida metodológica principal!). Quais? Aqueles que dêem conta de treinar as situações mais exigidas no jogo. Quais? A meu ver, as relacionadas ao ataque, à defesa e à transição (tanto ofensiva quanto defensiva). Deve-se pensar: "O que eu proporei no treino para que os jogadores aprendam mais sobre uma situação particular de jogo?". Para isso dar certo, apenas uma condição: a competência para planejar jogos está ancorada na capacidade de o técnico perceber o que o jogo está a exigir. Não dá para planejar o que não se percebe!

Disponível em www.pedagogiadofutsal.com.br

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Jogos Pedagogicos ( Organização Defensiva): Jogo dos Coletes






JOGO DOS COLETES

5x5 - 2 Goleiros e duas equipes de 4 jogadores de linha
Cada jogador tem um colete na mão ( diferenciar as cores de cada esquipe)


DESENVOLVIMENTO:

* Disputa-se uma partida normal sem limits de toques
* Quando um jogador estiver atacando e realizar o passe, deverá soltar o colete
da mão, mas continuará jogando até finalizar o ataque sem o colete

* Quando finalizar o ataque ou a equipe adversária recuperar a posse de bola,
os jogadores só poderão defender se estiverem com os coletes nas mãos obrigando assim a buscarem seus coletes aonde deixaram para depois marcar.

Variação:

Os jogadores podem pegar qualquer colete, possibilitando assim uma tomada de decisão (pegar o colete mais próximo para realizar uma ação defensiva) do jogador que realiza o retorno defensivo.



OBJETIVO:

*Intenção ofensiva
*Retorno defensivo
*Comunicação
*Equilíbrio no posicionamento ofensivo
*Ataque direto
*Transições ofensivas e defensivas

Gostaria de parabenizar o Professor VAGNER CARDOSO TEIXEIRA ,do blog www.futsalcomovocenuncaviu.blogspot.com pelo belíssimo trabalho.

sábado, 29 de outubro de 2011

JOGO ESPANHOL




ASSISTA AO VIDEO DO JOGUINHO CLICANDO NO LINK ABAIXO:

http://www.sudarlacamiseta.com/visor/ejercicios/ver_.php?tabla=f_ej_tac&ejer_id=177

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Treino de Meia Quadra ! Certo ou Errado ?

Treino de Meia Quadra !
Certo ou Errado ?

vagnin - vagnin@uol.com.br
Publicado em 15 de novembro de 2009

Quando falamos de esportes coletivos, é quase um consenso a seguinte afirmativa: “Uma boa equipe começa por uma boa defesa”

No caso do nosso futsal, essa frase quase sempre está na boca dos professores e treinadores, independente da idade de suas equipes. Evidencia-se assim, um mito.

Mito não se discute, se aceita. Cria-se assim um paradigma.

Um paradigma como esse passa a ser algo tão intrínseco e aceito culturalmente no meio do futsal (e outros esportes coletivos), que ele passa a permear todas as ações desse ou daquele treinador, mesmo que ele não saiba disso.

Ao falar sobre a importância da defesa, de maneira emergente a um processo de ensino, muitas atividades de cunho defensivo terão grande volume de repetições dentro de um planejamento.

Se defender bem garante uma boa equipe, treinar-se-á defesa como nunca! Pois ali está a chave para o sucesso de uma equipe.

Minha opinião? Vamos a ela:

Quando em um planejamento de ensino e treinamento de futsal tem-se como objetivo principal os conteúdos defensivos (já que eles realmente são um ponto de grande importância no processo de ensino e treinamento), os treinos geralmente se focam no acerto das ações individuais, (1) proteger o alvo; (2) impedir a progressão adversária; e (3) recuperar a posse de bola.

Até aí, nada de errado, pois a ação defensiva realmente deve compreende um, dois ou os três princípios. Geralmente, quando uma equipe se defende, um desses princípios se torna mais evidentes que outros, mas se o processo defensivo é feito de maneira completa, os três princípios estarão presentes numa ação defensiva: uma equipe, protegendo seu alvo, é capaz de impedir a progressão adversária visando recuperar a posse de bola.

Porém, pode ser que o professor, num determinado treino, queira apenas trabalhar defensivamente, a proteção de seu alvo, como por exemplo, com defesas fechadas e combate aos adversários com bola; ou então a tentativa de impedir progressão adversária, através de marcação pressão, retardamento, que dificultam ao jogador com bola ultrapassar duas ou mais linhas defensivas.

É tudo uma questão de escolha para o objetivo daquela sessão de treinos.

Isso faz emergir como matrizes de treinos, quando se pensa na organização e acerto defensivo, os famosos treinos de meia quadra (ataque contra defesa).

Neles, uma equipe ataca por um tempo e outra equipe defende. Defende-se e ataca-se de maneira repetitiva, visando os acertos defensivos, questionam-se alguns pontos de dúvida, acertam-se erros, combina-se estratégias, em fim, os treinos focam-se exatamente nos três princípios apontados acima), com variações táticas, estruturais e estratégicas.

Não considero esse tipo de treino nem errado, nem certo, apenas INCOMPLETO. Essa é minha opinião.

Ao trabalhar com treinos de meia quadra, com certeza a equipe saberá defender-se muito bem, não há dúvidas, mas defender-se bem garante a vitória?

Muitos poderiam dizer: não tomar gols é o primeiro passo para o sucesso, confirmando o paradigma desse artigo: “Uma boa equipe começa por uma boa defesa”; mas volto a inquietá-los: defender bem, sem dúvida é importante, mas para vencer, o que se faz necessário a uma equipe?

Obviamente, fazer gols é a resposta. Para uma equipe vencer, ela tem que fazer gols.

Muitos completariam essa frase com a seguinte afirmação: Para vencer uma equipe tem que fazer gols e tomar menos gols do que aqueles que ele faz; evidenciando novamente a importância da defesa.

Logicamente, fazer mais gols do que sofrer é o caminho da vitória, e com certeza, um aspecto lógico, porém, apesar de parecer que sim, essa frase na realidade não corrobora com a afirmação paradigmática: “Uma boa equipe começa por uma boa defesa” quando defender é trabalhado pensando apenas até o momento da recuperação da posse da bola, como é muito comum nos famosos treinos de meia quadra.

Quando afirmamos: “para vencer, uma equipe tem que fazer mais gols do que sofrer”, abre-se uma porta para quebrarmos o paradigma tradicional de ensino, e fazermos cair por terra os treinos de meia quadra.

Para sofrer menos gols do que se faz, uma coisa tem que acontecer, a equipe deve deixar de sofrer um gol e imediatamente, fazer um, e depois disso, se o equilíbrio do jogo se mantiver, a equipe que deixou de sofrer um gol não mais perderá, apenas empatará na pior situação possível.

Porém, e se a equipe conseguir deixar de sofrer um gol e não conseguir fazer um gol, perdendo sua chance no ataque? Ela novamente terá que vencer defensivamente a equipe que ataca, para então, poder fazer um gol.

Logo, vejamos como é importante que a transição ofensiva (ou seja, da defesa para o ataque) seja eficiente, a ponto de garantir êxito e marcação de um gol depois de não ter sofrido um.

Quando afirmo que os treinos de meia quadra são INCOMPLETOS, assim como a frase título desse artigo o é, afirmo exatamente pelo fato de não ser considerado aquilo que é o verdadeiro diferencial do jogo: MARCAR GOLS.

Como possibilidade de superar os treinos de meia quadra, que até ensinam bem o momento defensivo, mas que pouco ensinam do momento que garante a busca da vitória costumo usar como filosofia de trabalho em minhas equipes a seguinte afirmativa:

“Uma boa equipe começa por uma boa defesa que esteja querendo sempre fazer gols”. Pronto! Agora a frase está completa.

Logo, em todos os trabalhos que realizo, sempre deixo como possibilidade à equipe que se defende a chance de sempre atacar quando da recuperação da posse da bola – seja antecipando um passe, ganhando um lateral, sofrendo uma falta de ataque ou através de uma defesa do goleiro ou tiro de meta.

Quem defende, sempre terá a chance de progredir para também marcar um ponto.

O que costumo criar são jogos em que a equipe que defende também pontua.

A pontuação não precisa ser um gol, mas pode ser conseguir progredir até o meio da quadra, ou até uma linha de referência após, ou antes, do meio da quadra; a pontuação também pode ser: 1 ponto caso a equipe realize; 2 ou mais passes até conseguir ultrapassar essa linha de referência; e 2 pontos caso realize apenas 1 passe para alguém que ultrapasse ou receba a bola após essa linha.

A ideia é clara: qual é a forma de fazer gol com maior chance de êxito? Chegar o mais rápido no gol adversário e com o mínimo de defensores para atrapalhar a finalização.

Outra forma de criar um estímulo para que a defesa sempre se preocupe em atuar ofensivamente, é criar pequenos jogos conceituais (para ensinar respostas de cruzamentos, ensinar conceitos contra ataque, ensinar a ocupar espaços vazios) de 2×2, ou 3×3, no qual os alvos sejam muito próximos e ganhar a posse de bola garante uma boa chance de fazer um gol, caso essa transição seja feita com rapidez.

Isso não tira o foco do trabalho, mas torna-o completo, pois uma equipe que só sabe se defender, até pode não sofrer gols, mas deixará escapar uma ótima oportunidade de marcar um gol após ter conseguido êxito na defesa.

Logo, se a filosofia de seu trabalho for: “Uma boa equipe começa por uma boa defesa que esteja querendo sempre fazer gols”, seu trabalho como professor/treinador também será diferente, valorizando as transições rápidas ao campo adversário e, podendo de maneira integrada, ensinar aos alunos a percepção de quando insistir e quando parar um processo de contra-ataque, sem que seja necessário criar jogos apenas para isso.

http://www.ferrettifutsal.com/

domingo, 23 de outubro de 2011

JOGO DE SUSTENTAÇÃO



Jogo de sustentação

3x3 com apoio ofensivo no fundo de quadra
Material:
1 bola
coletes

Ojetivo:
Trabalhar retorno de marcação
Fazer com que o marcador coloque o pé n bola
Finalização no tempo 1

Obs: Os goleiros podem fazer ou não a cobertura, isso fica a critério do treinador.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

MARCAÇÃO DE GOL-LINHA

JOGANDO ENTRE LINHAS




Aqui no Brasil usamos os termos de apoio de meio ou flutuar no meio, são apenas nomeclaturas,na espanha fala-se entre linhas o que da no mesmo.
Na verdade, independentemente de nomeclaturas, queremos apenas quebrar a primeira linha de marcação.Por isso é importante sabermos trabalhar nos treinos situações em que o atleta possa receber a bola nas costas da primeira linha de marcação, constituindo assim, uma superioridade numérica.

Hoje em dia, existem diversos padrões de ataque, mas se não quebrarmos a primeira linha, se nao conseguirmos constituir durante esses movimentos uma situação de superioridade numérica, dificilmente será possivel chegar a vitória.
Dai a importancia de sabermos jogar entre linhas.





OBJETIVOS:

CONSERVACIÓN DEL BALÓN. ELEMENTOS TÉCNICOS CONTROL, PASE, FINTA, CONDUCCIÓN. PARTICIPACIÓN DEL PORTERO EN ACCIONES TÉCNICAS CON EL PIE. SALVAR LA PRESIÓN DE LA PRIMERA LÍNEA DEFENSIVA EN UN ATAQUE CON PORTERO-JUGADOR.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

JOGO DE SUSTENTAÇÃO

REGRA DE PASSAGENS


OBJETIVO:
Organização de ataque, induzir passes e passagens por local específico.
Melhorar a qualidade nas saidas para o ataque, estabelecer padrões de ataque por setores, dificultar as saídas em meia quadra.

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

Divide-se o grupo em duas equipesformadas por quatro atletas cada.Com o auxílio de cones ou barreiras, fechar o centro da quadra deixando apenas duas laterias (alas) livres.Nstes intervalos é que irão passar os passes e também todos os atletas, não podendo ser executados passes pelo meio, inclusive por cima de obstáculos.
o jogo poderáser realizado em dois ou três toques.Não poderão ultrapassar o centro da quadra com a bola dominada, todas as passagens deverão contecer atravé de passes.Não serão permitidos tambéms lançamentos dos goleiros pelo meio seguindo as mesmas regras dos homens de linha.

EXTRAÍDO DO LIVRO FUTSAL INICÍCIO, MEIO E FINALIDADE
AUTOR:MARQUINHOS XAVIER

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Caros colegas, venho por meio deste artigo, descrever algumas etapas possíveis de serem construídas para a aplicação do conceito de retorno defensivo dentro de um modelo de jogo (ou seja, como uma cultura de equipe, que não depende de acertos táticos ou estratégicos, mas que está incorporada dentro das construções coletivas da equipe).

Ressalto a questão do modelo de jogo e da aprendizagem como algo cultural dentro da equipe, pois dentro do que venho lendo e estudando sobre a aplicação da inteligência tática dentro do ambiente de jogo, falar como a equipe deve fazer o retorno defensivo não basta, se esses conceitos não forem sistematizados dentro de um processo de ensino aprendizagem.

A fala na preleção: “quando perdermos a bola você marca essa, você abafa o goleiro e você volta para a defesa”, por exemplo, não basta para uma boa aplicação prática.

Logo, construir um modelo de jogo é necessário para que algumas referências de jogo estejam intrínsecas ao jogar coletivo.

Dessa forma, esse artigo será bastante ilustrativo, buscando descrever pedagogicamente uma sequência de jogos muito úteis para a construção do “jogar coletivo” dentro de um modelo de jogo da equipe, tendo como ênfase o retorno defensivo.


Conceituando Retorno Defensivo:

Retornar defensivamente é antes de tudo uma atitude individual, que ocorre em frações de segundo que antecedem o momento da perda da posse da bola, caracterizado, portanto, como uma atitude antecipatória que pode ter por características a execução de quaisquer um das três referências operacionais descrita por Bayer (1994): (i) recuperar a posse da bola; (ii) impedir a progressão adversária; e/ou (iii) proteger o próprio alvo.

Destaco que seja uma atitude individual pelo fato de depender, primeiramente, da capacidade do aluno/atleta em compreender a importância de envolver-se nesse momento de transição defensiva.

Apenas após a encarnação individual desse conceito é que se podem estabelecer atitudes grupais e coletivas para desenvolver estratégias agregadas ao modelo de jogo da equipe no tocante à transição defensiva.

A Aprendizagem do Retorno Defensivo na Iniciação Esportiva

Particularmente, considero que nas idades iniciais deve-se estimular, sem restrições, a busca pela recuperação imediata pela recuperação da posse da bola, valorizando aquilo o que as crianças nas idades iniciais (entre 7 e 12 anos) têm de bom: querer ter a bola a todo o momento.

Logo, abaixo seguem alguns modelos de jogos que podem ser utilizados nas idades iniciais para que os alunos já tenham amadurecimento básico para entender o que fazer quando perdem a posse da bola (seja pela recuperação da bola por parte da equipe adversária, seja pela tentativa de uma finalização):

Jogo 1: 3×3 – Passa 10 com estímulo à recuperação da bola (7 e 8 anos):

Regras:

Joga-se um passa 10 tradicional num espaço de 6m x 6m (fundo da quadra de vôlei). A equipe que realizar 10 passes primeiro ganha 5 pontos. Visando trabalhar o conceito de transição defensiva (ainda sem o caráter de retorno), a equipe que perder a posse da bola que conseguir recuperá-la completamente nos 3 primeiros passes da outra equipe ganha 1 ponto.

Análise Pedagógica:

Ao adicionar a regra voltada à recuperação da posse da bola nos 3 primeiros passes estimula-se a luta pela posse da bola imediatamente após sua perda, aspecto este que pode ser adotado futuramente como modelo de jogo desses alunos.

Jogo 2: 5×5 – Passa 10 nas Zonas (8 e 9 anos):

Regras:

Em um espaço de aproximadamente 20m x 10m (1/4 da quadra de Futsal oficial, mas que pode ser adaptada em quadras menores para espaços de 18×9, 17×8 e etc..) monta-se 4 espaços quadrados (zonas) um em cada canto da mini-quadra e divide-se a quadra ao meio, criando duas metades.

O jogo acontece apenas em uma dessas metades da quadra, sendo que a equipe que tem a posse da bola deve procurar passar a bola para alguém que entre dentro de uma dessas zonas, sendo que cada passe ali recebido valerá 2 pontos para a equipe.

Após realizar o ponto numa meia quadra, a equipe que fez o ponto continua com a posse da bola e só poderá fazer ponto em uma das duas zonas da outra metade da quadra, tendo que ter todos os jogadores de sua equipe na outra metade realizando a transição ofensiva de todos os jogadores para a outra metade da quadra.

Se a equipe que fez o ponto conseguir transitar com até 4 passes para alguma das duas zonas da outra metade da quadra ela ganha além dos 2 pontos, mais 1 de bonificação.

Se a equipe que está sem a bola conseguir recuperar a bola na mesma meia quadra em que a outra equipe fez o ponto, ela ganha 1 ponto e se a equipe conseguir voltar com todos os seus jogadores para a outra metade da quadra antes que a equipe adversária faça um ponto com pelo menos 4 passes, ela retira o ponto de bonificação.


Análise Pedagógica:

Este jogo possui regrinhas que irão estimular inicialmente a busca pela recuperação imediata da posse da bola, mas já criará nos alunos constrangimentos que os estimularão a ter o timing relativo à compreensão do momento em que deverão deixar de tentar recuperar a bola e terão que retornar para sua quadra, a fim de dar menos pontos para a equipe adversária.

Jogo 3: 4×4 – Touchdown com Pressão e Retorno Defensivo (9 a 12 anos)



Regras:

O jogo será realizado em um espaço de aproximadamente 20m x 10m, e se assemelha muito com o jogo anterior, porém agora ao invés de duas zonas nos cantos da quadra, será determinada uma área de touchdown (na qual a defesa não pode entrar), demarcada por uma linha que se estenderá de uma lateral à outra da quadra. A equipe que conseguir entrar com a bola dentro da área de touchdown ganha 2 ponto. Porém, se a equipe que sofreu o ponto conseguir entrar na área adversária antes que pelo menos 3 jogadores adversários voltem para sua metade da quadra a equipe ganha 2 ponto pelo touchdown e mais 1 ponto de bonificação. Porém, se a equipe que fez o touchdown conseguir recuperar a bola no campo de ataque, logo após a marcação do ponto, a equipe ganha também 1 ponto. Ganha quem fizer 15 pontos primeiro.


Análise Pedagógica:

Trata-se de um jogo que valoriza novamente a recuperação imediata da posse da bola, porém, trabalha a atitude de retornar que será importante para a construção de modelos de jogo de transição defensiva futuramente. Porém, a regra trás um conflito peculiar – dos 4 jogadores, pelos menos 3 têm que retornar para evitar que a equipe adversária ganhe 1 ponto de bonificação e ao mesmo tempo, recuperar a bola ainda no seu campo de ataque vale 1 ponto, conflito este que deverá ser mediado pelo professor para que uma solução possa ser encontrada.

Toques Didáticos:

Devido a esse conflito, considero importante que para esse jogo venhamos a discutir alguns toques didáticos. O professor deve deixar que os alunos explorem bastante o jogo visando orientá-los para a construção de um modelo de retorno defensivo em que um dos jogadores fique no campo de ataque tentando recuperar a posse da bola enquanto outros três tentem retornar rapidamente para se campo de defesa.

Uma solução possível é criar regrinhas, junto com os alunos, que facilitem a definição das funções deles seria orientá-los, reunindo os alunos e perguntando: “Sabendo que apenas 3 jogadores precisam retornar para evitar que a equipe adversária ganhe o ponto de bonificação, um jogador irá sobrar. Na opinião de vocês quem deverá sobrar?”, as respostas podem ser as mais variadas, tendo como característica principal a ideia de que eles elejam algum aluno em específico para que não retorne. Você pode deixá-los explorar essa possibilidade e então reuni-los novamente: “Essa solução foi boa? Pensando que estamos numa aula, não seria legal que todos fizessem as duas funções, ora retornar, ora ficar no campo de ataque?” mediante essa questão, os alunos tenderão a numerar a ordem de quem fica e quem volta em cada ataque. Você como professor deve deixá-los explorar essa possibilidade para então voltar a reuni-los: “Pensando na distância que deve ser percorrida, quem é o jogador que fica mais longe do campo de defesa quando sua equipe marca um ponto?” a resposta de seus alunos será indicar o aluno que realizou o touchdown. Mediante esse apontamento, você pode ainda perguntar: “Se ele está longe, vocês acham certo ele ter que voltar para a defesa? Ele não irá ter que correr mais do que os outros? Isso não poderá atrasá-lo?” a partir desse apontamento, os alunos tenderão a definir que o aluno que sobrará será aquele que fizer o ponto.

Ainda sobre essa atividade um toque didático importante é criar uma série de questionamentos que apontem aos alunos a importância de que o jogador que sobra seja o jogador que tente recuperar a bola no campo de ataque, para que a equipe ganhe 1 ponto a mais.

Considerações Finais:

Por se tratar de idades iniciais, a atitude individual deve ser o foco das atividades. Fazê-los compreender que após perder a bola cada jogador deve ter uma atitude voltada a algum das três referências do jogo apontadas por Bayer (1994): (i) recuperar a posse da bola; (ii) impedir a progressão adversária; e/ou (iii) proteger o próprio alvo; será um grande avanço no sentido da formação de jogadores inteligentes para jogar.

Considero importante, porém, voltar a frisar que em todas as atividades, nessa idade, o mais importante será estimulá-los sempre a ter, de alguma forma, estratégias individuais ou mesmo de grupo (para as idades entre 9 e 12 anos) sejam internalizadas pelos alunos para que futuramente eles não percam o valor dado a eles nessas idades de quererem ter a bola para si e para sua equipe, evitando que atitudes defensivas muito passivas sejam apresentadas futuramente.


Postado por Vagner Cardoso Teixeira

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Jogo recreativo para aquecimento
Jogo: Pegador com bola


Objetivo: Aquecimento recreativo com utilização de componente técnico de condução de bola.

Material: Uma bola para cada atleta.

Organização: Todos jogadores com bola.

Regras:

a) um jogador será o pegador,tentará pegar algum atleta encostando a mão,sem deixar escapar a bola do seu controle.

b) Os Jogadores não podem sair da área delimitada.

c) jogador que está sendo perseguido não pode deixar escapar a bola do seu controle, se deixar passa a ser o pegador.


FONTE:http://www.futsaltreinamento.com


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

COMO SER UM LÍDER

Como ser um bom líder


Você pode influenciar ou aprimorar muitos dos principais instrumentos de motivação, a fim de aumentar a quantidade e a qualidade de seu trabalho. É importante ser um bom líder, e você pode se tornar um ao compreender suas metas, liderando como alguém que serve de exemplo e motivando os outros para que o sigam.

Compreenda suas metas
Considera-se um “bom líder” alguém que “motiva e coordena sua equipe aplicando de forma eficaz suas habilidades individuais e grupais, seus conhecimentos e suas experiências de modo a alcançar as metas”. Não se pode começar a motivar e coordenar pessoas até que você — e elas — saibam exatamente quais as metas a alcançar. Por isso, você precisará:
_ assinalar claramente suas metas
_ verificar se são realistas
_ informar sua equipe

Assinale claramente suas metas
Você deve ser capaz de identificar cada uma das etapas nas quais esteja trabalhando com sua equipe — pessoais, de departamento e organizacionais, bem como aquelas de curto, médio e longo prazos. Não basta apenas ter uma idéia aproximada ou um insight: tudo isso parece muito vago e abstrato, e possivelmente não terá o apoio ou o sentido de comprometimento da equipe.
É preciso que se saiba exatamente aonde se quer chegar, como chegar e quando chegar. Também é primordial que todas essas metas sejam consistentes e se complementem. Em síntese: que todas estejam seguindo na mesma direção.

Verifique se são realistas
Logicamente você estará definindo metas pessoais a serem atingidas por indivíduos e equipes, as quais, por sua vez, irão combinar-se de
forma que o departamento e/ou a empresa alcancem as metas gerais. Para que a equipe se sinta motivada em relação a essas metas, elas
devem ser desafiadoras — e exigirem o suficiente para estimular as pessoas, a fim de proporcionar a mais completa utilização de suas habilidades. Devem, também, ser específicas, de modo que o progresso possa ser avaliado e verificado e, quando necessário, as correções possam ser efetivadas. Igualmente importante: elas devem ser atingíveis — mas somente dentro dos limites de trabalho e desempenho — pois o fracasso é desmoralizante, podendo ter um efeito desfavorável sobre o indivíduo e sobre os colegas de trabalho.

Informe sua equipe
Uma vez cientes de suas metas e de quais serão direcionadas para quais indivíduos, você deve certificar-se de que elas estejam bem explanadas e claramente compreensíveis para todos os envolvidos. Cada pessoa e cada equipe deve possuir metas a atingir — produzir ou vender uma determinada quantidade de unidades, ou o que quer que seja. Da mesma forma, as pessoas precisam ser informadas acerca dos padrões específicos a serem seguidos — leis de saúde e segurança devem ser mantidas, tarefas concluídas no prazo definido e assim por diante. Convém explicar as razões de cada instrução e tentar chegar a um acordo em todas as oportunidades: uma equipe informada e envolvida estará sempre trabalhando melhor e com mais afinco do que o fariam se houvesse um trabalho individual e disperso.

Fonte: www.sucesso.powerminas.com

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

JOGO DE SUSTENTAÇÃO



CLUBE RECREIO D JUVENTUDE
GINÁSIO



JOGO DA SUPERIORIDADE NUMÉRICA

O JOGO:
5X5 JOGO NORMAL, QUANDO O ATLETA ERRAR O PASSE, ELE DEVERÁ CORRER ATÉ O ESCANTEIO DE ATAQUE E FAZER O RETORNO.

OBJETIVO:
TRBALHAR A DEFESA EM INFERIORIDADE NUMÉRICA E O ATAQUE EM SUPERIORIDADE.
DESSA FORMA CRIMAOS UMA SITUAÇÃO DE DESCONFORTO PARA QUEM ERRAR O PASSE.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Treino - Formas de o abordar

O treino “é um processo pedagógico que visa desenvolver as capacidades técnicas, tácticas, físicas e psicológicas dos praticantes no quadro específico das situações competitivas através da prática sistemática e planificada dos exercícios orientado por princípios e regras devidamente fundamentadas no conhecimento científico. Visa o aumento dos limites da adaptação do indivíduo com o objectivo de atingir o máximo rendimento como uma maior economia e resistência à fadiga de acordo com o resultado previsto” (Castelo e col. 1996).

No meu entender, treino é como um jogo. Encaro uma sessão de treino como se de um jogo oficial se trata-se, com a mesma importância, com a mesma intensidade, com a mesma aprendizagem, com a mesma concentração e forma de o abordar. Não quer dizer que isso aconteça no escalão onde treino, pelas razões evidentes, mas é uma filosofia de grande parte dos treinadores. Costuma-se dizer na gíria que devemos treinar como jogamos e estou plenamente de acordo. Um treino bem organizado, sintetizado e planeado para aquilo que queremos colocar em prática durante o jogo, é extremamente essencial. Depois, é a nossa comunicação, a nossa motivação e a importância que damos ao treino que faz todo o resto. Um atleta que venha predisposto para treinar, para aprender, para se integrar dentro dos príncípios e do espírito da equipa, é um atleta do agrado do treinador. Assumo que cada vez mais a tarefa do treinador não é fácil neste sentido. Se em tempos passados, o atleta vinha treinar, tomava o seu banho e ia embora sem perceber nem se interessar pelo sentido do treino que efectuou, hoje em dia o treinador tem que mostrar a um atleta cada vez mais interessado que aquele é o caminho, fazendo-o crer nas suas ideias e estando por dentro do espírito que o treinador coloca dentro do processo do treino e daquilo que são as suas ideias para a equipa. Isso acontece em todo o lado. Provavelmente nem tanto nos escalões de formação, devido sobretudo à idade das crianças e ao facto destas se quererem divertir com uma bola nos pés, mas a partir de iniciados para cima, estou em crer que isso acontece.

Por isso entendo que o sucesso ou não de uma sessão de treino advém sempre da motivação, do interesse e do espírito que os atletas possam trazer para o treino. A aprendizagem é fundamental neste capítulo, mas a aceitação de que devemos aprender cada vez mais, ainda maior. Um treinador pode ser muito bom, pode organizar excelentes sessões de treino, mas senão tiver os atletas imbuídos no espírito do treino, da concentração e da inteligência, de nada vale.

FONTE:WWW.DILSOJUNIOR.BLOGSPOT.COM

segunda-feira, 26 de setembro de 2011



Inicia três atletas previamente númerados pelo treinador. No momento em que os atletas chegarem ao centro da quadra, o treinador chamará um número, e esse atleta que for chamado será o marcador no contra ataque 2 contra 1. O jogador que finalizar o contra-ataque, imediatamente irá para a quadra de ataque. Os outros dois atletas finalizaram na mesma meta uma bola ajeitada por dois atletas, um em cada escanteio. Os dois atletas que ajeitarem a bola, retornam na marcação, ocasionando o contra-ataque 3 contra 2. Após a finalização entram dois atletas da equipe que estava defendendo, realizando o 4 contra 3, após a finalização entra mais um atleta, para realizar o jogo formal, 4 contra 4.

Fonte: www.futsaltotal.com.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Formação de treinadores

Em formação, o treinador não se deve limitar a ser um mero ‘‘artesão’’ de jogadores. Em clubes continua-se a assistir os treinadores em formação que lidam com os jovens como se eles fossem adultos, ou, são de tamanho autoritarismo que não escutam seus atletas, não os acompanham, não conhecem realmente os jovens com que lida, preferindo ‘‘apenas’’ assistir ao desenvolvimento, ao rendimento e a vitória. Se não rende, o jogador não é eleito para jogar, se não evoluiu não joga, se tem culpa no lance ou joga uma partida mau, no próximo poderá já não ter lugar.
Não se preocupam em procurar causas, não tem um diálogo com o jogador que possa sondá-lo e perceber os seus receios, ambições e sonhos.
Também há os treinadores com obsessão da vitória, utilizam o jogador necessário passando por regras de consciência, injustiçando jogadores, abusando da boa vontade dos atletas, não olhando para o potencial futuro, mas para o rendimento momentâneo.
Obviamente nem todos os treinadores em formação tem estes defeitos, mais ainda se assiste regularmente a estes casos, que são trágicos para o futebol. Porém mesmo este tipo de treinador tem qualidades, só que não são específicos na formação de jovens.
Começando nas escolinhas, cabe ao treinador dar um nível do desenvolvimento motor e técnico da criança. Simultaneamente deve formar-lhes a personalidade de uma forma correta, incutindo os valores essenciais como os de trabalho em equipe, sacrifício, ambição, trabalho contínuo, confiança, perseverança, dedicação, lealdade, respeito, tolerância, honestidade.
É nesta faixa etária que se criam os ‘‘suportes básicos’’ do atleta, mais que isso, do homem, que tem uma vida cotidiana e deve transportar os bons valores desportivos para escola, para casa, para onde for.
Se o jovem adquirir todos estes valores, facilmente evoluirá, no plano futebolístico, pois trabalhará para obter melhores resultados, saberá lidar com problemas e terá capacidades de socialização. Todos estes valores serão importantes para na escola ter motivação para trabalhar e obter uma boa formação curricular. É da competência do treinador alertar os jogadores para o trabalho escolar, para sua formação acadêmica, pois se como jogadores alcançarem grandes resultados, como alunos vão ter recursos para ter uma estável.
O treinador de dialogar regularmente com os jovens, escutando seus pensamentos, tanto no futebol como na vida normal. Tem de será noção certa, mas deverá ter o distanciamento necessário para não perder a chefia de treinador, pois os treinadores demasiado permissivos acabam por ser tão brandos que não auxiliam os jogadores na sua formação.
Também são da incumbência do treinador a proximar os pais do futebol, não permitindo, porém que isso se torne obstáculos, pois há pais que se intrometem em demasia no funcionamento de sua equipe, exigindo determinadas ações do treinador e do seu filho.
O treinador deve então instruir os pais, mas também deverá estar receptivo a aconselhamentos e deverá informar os pais da maneira que tem trabalhado finalidade, os objetivos a cumprir, para que estejam mais atentos e sensibilizados ao percurso formativo do filho para que percebam as atitudes do treinador.
O atleta tem de ser formado segundo regras específicas, é preciso ter cuidado para não formar mal o jovem, pois isso terá repercuções nocivas á sociedade. Desta forma a regra geral é sensibilizada, moldando da correta forma os jovens, tendo paciência persistindo e não desistindo deles pois o que hoje parece difícil amanhã poderá resultar num Exelente Jogador de futebol e um atleta de caratér.

Fonte: www.mesquitaonline.com.br

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A solitária vida do treinador

Não basta querer.
Ser é o “X’ da questão”.
Entre linhas, diagonais, buscas incessantes, estão o tempo da preparação do trabalho para a semana, para o mês, para o ano, para o jogo.
Jogá-lo antes é um segredo que só nós, que estamos à frente das equipes, saberemos executar.
Ser Treinador não é somente planejar, mas sim converter o seu trabalho, em resultados positivos.
Vivemos disso.
Vivemos para isso.
Somos isso.
Entre uma tecla, uma planilha, uma luz, está como e quando aplicar.
Muitas vezes, e eu digo de experiência própria, passamos noites e noites em claro para fazer do nosso treinamento algo atrativo para os atletas e na TOTAL situação do jogo, e como somos na maioria das vezes mal compreendidos e por muitas vezes criticados, fazemos com dedicação, mesmo assim.
Mal sabem eles (as) (atletas), que estamos em um segmento crescente do JOGO.
Sem a família ( no meu caso, longe dos filhos), ás vezes nos tornamos impacientes com o passe forçado, com a falta de selecionar a entrada na marcação do adversário. Tudo isso vem ao encontro de que para chegarmos até uma final, abdicamos de viver, de sonhar, mas estamos ali, prontos para orientar, ajudar, mudar o jogo.
Nossa ,essa solidão que nos envolve pelas madrugadas frias ou quentes, nos fazem ir além do imaginário e nos coloca em situações, que só nós, que vivemos essa solidão, é quem podemos mudar o destino, não só de nós mesmos, mas fundamentalmente de nossas equipes.
Ah! Solidão, que nos envolve entre um treino, um jogo, um bom livro, uma boa amizade, ela que nos acompanha, até mesmo depois do título conquistado.
Ser, o cara, é uma questão de tempo e de confiança. Fazer acreditar, e principalmente, acreditar que você pode e consegue, nossa, vai mais além do imaginário.
Minha companhia hoje são meus livros, meus artigos, minha prancheta, meu computador, minha equipe, meu trabalho, minha vida dedicada ao FUTSAL.
E quando começo a falar dele, é nostálgico, é gostoso, não consigo parar.
Não devo Parar.
Não quero parar.
Entre uma noite mal dormida e uma vida regrada, prefiro a mal dormida.
É a nossa Vida, é a nossa existência.
É o sonho tornando-se real.
Ser Treinador de Futsal é muito mais que isto.
É viver.
É ser.
É estar e comparecer.
Entre descobertas e óbvias, estamos sempre prontos para os desafios que esta profissão nos proporciona.
Que seja assim.
Sempre.

Fonte: Profº Newton Torres

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As distâncias do futsal brasileiro, uma comparação entre o sul e o nordeste



Se pegarmos duas das melhores equipes de futsal, uma do sul e uma do nordeste, podemos traçar um paralelo onde veremos diferenças gritantes em vários aspectos, tanto físico técnico e tático, quanto e principalmente, organizacional.

Mas como é possível essa diferença se os jogadores que foram destaques no sul vieram do nordeste, nem todos é claro, mas poderia citar o nome de alguns campeões mundiais pela seleção Brasileira. O futsal praticado no sul é extremamente planejado onde os treinos físicos técnico e táticos são divididos de forma homogênea, onde, e a parte tática é mais aplicada.



No futsal nordestino prioriza-se a habilidade técnica, onde o atleta que dribla mais o adversário é o que tem mais sucesso, mesmo que ele ajude sua equipe a vencer, ou de uma força pro adversário. Os calendários de jogos são diferentes também, no sul joga-se mais, e contra equipes de maior nível técnico tático, talvez por isso cada dia inova-se a forma de jogo, o numero de jogos ao ano também é elevado, algumas equipes chegam a jogar 100 partidas por ano, e algumas até mais que isso.

Já nas equipes do nordeste o nível dos jogos são sempre os mesmos, onde os atletas que se destacam, no ano seguinte já não estão mais na região, agora quanto ao calendário de jogos, é muito diferente, uma equipe no nordeste não chega a 50 jogos por ano. O jogo nordestino é mais “alegre” ataca-se muito e é realmente empolgante na visão torcedor. Servindo de arma para o adversário de outras regiões esse ataque desenfreado pode ir a favor do defensor, onde joga-se no contra-ataque.

Outro ponto importante é quanto a performance física. Já trabalhei com atletas de varias regiões e pude constatar que aqui no nordeste o atleta tem quase tudo do atleta do sul e sudeste, sendo a única diferença é em relação a força. O nordestino é rápido, resistente, mas não consegue manter essas valências por muito tempo ou por todo o jogo. Já em outras regiões principalmente no sul é dada mais ênfase ao trabalho de força, que tem por objetivo deixar atletas com rapidez por mais tempo no jogo.

Portanto se conseguirmos associar organização e objetivos de planejamento, técnico, tático e físico teremos no nordeste as melhores equipes do Brasil, pois aqui o que não falta é material humano. O Nordeste é, e sempre será uma verdadeira fabrica de atletas, basta organizar a linha de montagem.

Fonte: Escrito por Rogério Mancini

terça-feira, 13 de setembro de 2011

FALANDO DE MARCAÇÃO



Conceito de Marcação

A marcação pode ser coletiva ou individual. Devendo ser estimulada e treinada, consistindo no principal ato de defesa. Suas movimentações devem ser sincronizadas para que ela impeça a equipe adversária de receber a bola. Por isso, o jogador precisa ser treinado nos estágios de aproximação, abordagem, antecipação e cobertura.

Para marcar bem é necessário que uma equipe tenha desenvolvido uma boa técnica individual e coletiva de marcação, o que é conseguido somente com muito treinamento e um bom desempenho dos estágios acima citados e que serão melhores esclarecidos á seguir.

Voser (2002) salienta que, apesar de muitos autores não citarem em suas obras a marcação como um fundamento individual, e sim coletivo, acreditamos que, como os demais elementos da técnica individual, deva ser estimulada e também treinada. A marcação é a ação de impedir que o adversário receba a bola, ou que progrida com ela pela quadra de jogo. No futsal competitivo, traduz-se no principal elemento de defesa, tendo em vista as constantes movimentações.

Aproximação: onde o jogador procura aproximar-se de seu oponente, buscando equilíbrio adequado para exercer a abordagem.

Abordagem: quando o jogador estiver com um bom equilíbrio e abordar o oponente, buscando obter a posse de bola ou desequilíbrio na ação do passe do adversário. Na ação de marcar individualmente, é importante que não se marque a bola após a ação de passe do oponente e sim o seu deslocamento.

Antecipação: É a ação exercida para chegarmos na bola antes do adversário.
Cobertura: a cobertura poderá ser exercida tanto numa jogada ofensiva para cobrir o jogador que irá tentar o drible, como defensiva, a fim de auxiliar o colega da equipe durante a tentativa de drible do jogador adversário, formando uma segunda linha de marcação.

A marcação deverá ser efetuada á partir do momento em que o adversário tem a posse de bola. Porém, a marcação pode ocorrer de várias maneiras e em diversos locais diferentes do espaço de jogo. A variação dos sistemas de marcação utilizada pode render bons frutos se bem treinados. Pois, cada ação ofensiva corresponde a necessidade de uma ação defensiva, o que torna essencial a variação dos sistemas de defesa. Abaixo temos algumas definições de alguns conceitos de marcação seja ela individual ou coletiva.

Na opinião de Fernandes (1981), a marcação homem a homem deve ser reservada para as situações em que o goleiro do time adversário vai dar a saída. Na reposição de bola pelo goleiro, normalmente há uma troca de passes entre este e dois outros atletas. Estes dois atletas devem ser alvo de rigorosa marcação, para forçar o recuo de mais um atleta, na medida em que diminuirá o poder de ataque do adversário.

De acordo com Ferreira (1994), a marcação é a "Ação de impedir que o oponente direto tome posse da bola e quando de posse da mesma, venha a progredir pelo mesmo espaço de jogo".

Para Voser (2003) "Marcação significa não deixar o oponente jogar, isto é, combatê-lo de forma legal, impedindo o mesmo de levar vantagem nas disputas de bola e conseqüentemente defender o seu gol contra as investidas da equipe contrária".

Já, Melo (2002), com relação à marcação e desmarcação, preleciona que: no futebol praticado atualmente, todos têm que ter noções de como atacar e de como defender. O jogador, quando está de posse da bola, tem que saber desempenhar as funções ofensivas, guardando as devidas características de sua posição e função na equipe, e, a partir do momento em que a sua equipe perde a posse de bola, todos deverão desempenhar as funções defensivas, também guardando as funções inerentes à sua posição.

Fazer uma marcação significa restringir o tempo e o espaço que o adversário tem durante a partida, para criar situações ofensivas.Um jogador que sabe desmarcar-se sempre leva vantagem sobre a defensiva adversária. Para se desmarcar é necessário ao jogador movimentar-se com velocidade, fazer uma troca constante deposições, tocar a bola com os companheiros, evitando prender a bola em demasia e deslocar-se constantemente.

Os jogos para marcação e desmarcação procuram reproduzir situações que ocorrem durante uma partida, que, de forma prática, faz com que os jogadores vivenciem situações reais de marcação e desmarcação.

Deve-se ter em mente que a marcação se relaciona diretamente à variação de espaço, o qual é tratado na obra de Meneses (1998), que: como espaço, entende-se uma extensão indefinida que contém e envolve todos os objetos. Pode ser conceituado, também, como intervalo de um ponto a outro; a extensão dos ares; intervalos de tempo; e, á distância percorrida por um ponto em movimento.

Utilizaremos o último tipo, considerando os pontos como sendo jogadores, para aplicação dessa grandeza no FUTSAL.

Direcionando para o FUTSAL, utilizaremos o conceito de variação de espaço e não, suas unidades. Podemos dizer que o espaço está sendo constantemente, criado ou reduzido e até mesmo eliminado por situações de ataque, contra-ataque ou negligência do marcador (defesa).

No entanto, conforme Mcardle, et all; (1998): muitos fatores contribuem para a variação individual na resposta ao treinamento. Por exemplo, é importante o nível de aptidão relativa da pessoa no início do treinamento. É irreal esperar, pessoas diferentes que iniciam juntas, um programa de exercícios estejam no mesmo 'estado' de treinamento ao mesmo tempo.

Conseqüentemente é contra-produtivo insistir que todos os atletas de uma mesma equipe (ou até mesmo em um mesmo evento) treinem da mesma forma ou com o mesmo ritmo relativo ou absoluto de trabalho. É igualmente irreal esperar que todos os indivíduos respondam a um determinado estímulo de treinamento exatamente da mesma forma.

Segundo Mellerowiczh (1979), o aumento do rendimento não constitui a única função do treinamento. Na sociedade técnica super civilizada, ele tem importância fundamental na prevenção, na conservação e na melhora da saúde e da capacidade funcional de desempenho, na prevenção das doenças comumente chamadas de doenças da civilização. Essas enfermidades são causadas principalmente pela falta de atividade física e de trabalho braçal, além da obesidade.

Nossa civilização altamente mecanizada confronta o homem, afastado da natureza, com um ambiente profundamente alterado. Dispomos de máquinas que nos dispensam de qualquer trabalho físico, inclusive da própria locomoção. Em compensação, o homem fica exposto á solicitações e hiper-solicitações nervosas que aumentam a cada momento.

A falta de funcionamento e a falta antinatural de atividade física e de exercício atrofiam os orgãos ("atrofia por inatividade"), diminuem seu rendimento e os tornam suscetíveis a doenças.

2.3 - Manobras Defensivas.

Segundo Mutti (1994), entende-se por manobras defensivas a disposição dos jogadores em quadra, procurando defender sua própria meta contra as investidas do adversário, ou seja, é todo esquema de marcação efetuado durante o jogo na tentativa de não permitir que o oponente obtenha sucesso em suas manobras ofensivas, quer seja nas trocas de passes, infiltrações ou chutes a gol.

Consiste em dificultar os deslocamentos do adversário com ou sem bola, e assim, não deixando que os mesmos fiquem livres de marcação para que possam realizar jogadas.

As manobras defensivas obtêm êxito quando a equipe contrária não oferece, ou não consegue oferecer, devido á perfeita marcação efetuada pelos jogadores, qualquer perigo de gol.

Os sistemas de marcação podem ser: homem a homem ou por zona. No entanto devem se aplicadas conforme a necessidades da partida, isto é, os esquemas de marcação variam de acordo com os sistemas ofensivos do adversário e de acordo com o resultado do jogo, visto que, se a equipe estiver em vantagem no placar é natural que se feche mais em seu setor defensivo, procurando se resguardar durante as investidas do ataque inimigo, enquanto que se for o contrário, a equipe deve efetuar uma marcação mais rígida na saída de bola da equipe adversária, procurando diminuir seus espaços e conseqüentemente roubar-lhe a bola, para que, de posse ela consiga marcar os gols e fugir da situação adversa no placar.

2.4 - Defesa

Para Voser (2001), há quem afirme que o melhor ataque começa por uma boa defesa. Esta afirmação é positiva, á medida que as principais situações de ataque no jogo derivam de um erro do adversário e de bolas roubadas na marcação, onde são realizados os contra-ataques. As defesas hoje em dia, evoluíram muito em função do melhor condicionamento físico dos atletas e também em função da nova dinâmica estabelecida dentro de um futsal com concepção total, todas devem saber atacar e defender.

Nesta primeira parte, será esboçada uma pequena revisão de literatura voltada para a tática defensiva e posteriormente abordaremos assuntos atuais como defesa alternada e princípios de jogo defensivo.

Conforme Bello (1998), o objetivo primeiro do jogo de defesa é desarmar o oponente, para, em seguida, realizar o ataque. Para efetivação do desarme podem ser utilizados certos tipos de marcação, como por exemplo, marcação zona, individual e mista, as quais serão tratadas em seguida.

2.5. Tipos de Marcação.

Podemos afirmar que a ação de marcar pode ser vista sob três aspectos:

2.5.1. Marcação Individual ou Marcação Homem a Homem.

Mussalém (1978), separa a marcação homem a homem em pressão individual meia quadra e pressão individual quadra inteira.

Diz Ferreira (1994), que a marcação homem a homem tem como objetivo exercer a ação de marcar de forma direta a um determinado oponente.

A marcação individual segundo Zilles (1987), não se preocupa diretamente com a bola, mas cada defensor se preocupa com o seu oponente específico a quem lhe couber marcar.Para o autor o objetivo deste tipo de marcação é determinar para cada jogador quem ele irá marcar da equipe adversária, tirando sua liberdade de movimento, impedindo que ele receba a bola.

Para Vieira (1987), marcar pressão no homem da bola ou pressão total, obrigando o goleiro repor a bola em jogo.

Mutti (1994), define marcação homem a homem, como a própria designação define, o defensor marca individualmente o adversário que lhe é indicado.Este mesmo autor divide este tipo de marcação em sob pressão e meia pressão.

Tolussi (1980), ao discorrer sobre a marcação homem a homem assim expõe: "este é o tipo de marcação empregada pelas equipes de melhor nível, sendo também a mais eficiente das marcações, embora uma das mais difíceis de se realizar e que exige da equipe um bom preparo físico e atenção constante. A marcação por homem, ao contrário da marcação na bola, não se preocupa diretamente com a bola, mas cada defensor se preocupa com o seu oponente que está marcando. Entretanto, os fundamentos da marcação na bola são importantes para uma melhor marcação por homem".

2.5.2. Marcação por Zona.

Referente a marcação zona, Vieira (1987), coloca que não importa o posicionamento do adversário e sim as zonas de cobertura que cada um de seus atletas tem a cobrir.

O mesmo autor coloca que este tipo de marcação trata-se de estilo de defesa em bloco, acompanhando a bola com cada jogador responsável por determinada zona da quadra para destruir as jogadas.

Mussalém (1978), afirma que a marcação por zona foi o primeiro tipo de marcação apresentado, primeiramente utilizado na meia quadra, evoluindo depois para sua totalidade.

Para Ziles (1987), esta marcação a atenção deve ser dirigida para a bola, cada jogador muda de posição, passando a vigiar ou marcar um outro setor defensivo.

A respeito da marcação zona, Apolo (1995), nos revela que no futsal de alto nível não funciona muito, mas, como este trabalho é educacional, vale a pena para que os jogadores de pouca velocidade se encaixam bem para ela.

Mutti (1994), define este tipo de marcação atribuindo a cada jogador da equipe uma zona de defesa, com a missão de ocupa-la e defende-la.

2.5.3. Marcação Mista.

Afirma Mussalem (1978), que a marcação mista é a variação de dois ou mais tipos de marcação utilizados no mesmo jogo por uma mesma equipe. Uma equipe pode iniciar um jogo marcando pressão meia quadra e depois mudar para pressão quadra inteira, de acordo com as condições da partida.

Este tipo de marcação para Ziles (1987), é uma combinação dos tipos vistos anteriormente. Os jogadores ficam posicionados no sistema 1.3 com seus jogadores mais avançados marcando a equipe adversária por zona. Quando um jogador adversário ultrapassar a zona de um de nossos atletas, este deverá marca-lo individualmente (homem a homem).

O ex-técnico da Seleção Brasileira Vieira (1987), diz que a marcação mista é apenas uma leve variação da marcação individual.

2.5.4. Marcação em Linha.

Hoje em dia alguns treinadores utilizam-se de outros critérios, além desta classificação que já vimos anteriormente.

Durante a partida o treinador deverá utilizar uma linguagem que o adversário não compreenda, possibilitando se necessário à utilização de defesa alternada ou linhas de marcação que nada mais é que as alterações sucessivas de defesas no transcurso do jogo, a fim de impedir que o adversário se equilibre e se adapte ofensivamente ao tipo de marcação imposta.

Essas linhas são imaginárias de acordo com as linhas da quadra poliesportiva; a linha 1 seria a linha do basquete, onde o time iria marcar pressionando o adversário; a linha 2 seria a linha do voleibol, onde o time iria marcar meia pressão o adversário; a linha 3 seria no meio da quadra uma marcação mais de espera; a linha 4 seria na linha do handebol uma marcação bem fechada para aproveitar o contra-ataque.

Santana (1996), diz que é importante propiciar condições para que o jogador construa o conhecimento de:

• Que marcar é preciso para que a outra equipe não tenha êxito;
• Que marcar significa ser solidário com o companheiro da equipe;
• Que deve estar entre o gol e o adversário;
• Flexionar as pernas para obter maior equilíbrio;
• Visualizar a bola sempre que for marcar o adversário;
• Aproximar-se e abordar o adversário em situação de equilíbrio corporal.

A marcação em linhas é uma das formas mais inovadoras dentro do futsal. Segundo Voser (2003), durante a partida o treinador deverá utilizar uma linguagem que o adversário não compreenda ou reconheça, o que possibilita, se necessário à utilização de múltiplos tipos de defesas, a fim de impedir que o adversário se equilibre e se adapte a um só tipo de marcação imposta.

De forma bem resumida, como foi visto acima pelos autores a marcação pode ser vista por quatro maneiras:

Marcação individual: tem como objetivo executar a ação de marcar de forma direta o oponente. Há duas formas de marcação individual: pressão parcial e pressão total.
Marcação por zona ou espaço: ação de marcar um determinado espaço ou setor da quadra de jogo.
Marcação mista: combina as ações de marcação individual e por zona.
Marcação em linha: caracteriza-se pela divisão da quadra em linhas.

2.6 - Preparação Psicológica.

A par da preparação física, temos a importância do preparo psicológico do atleta, sem o qual o trabalho não atinge sua completude.

Para Tubino (1984), "O problema da preparação psicológica é um dos mais complexos do treinamento desportivo, pois não poderá ser considerado como a preparação física, na qual os atletas são adaptados para esforços físicos das competições, nem como a preparação técnico-tática, na qual os atletas são condicionados a determinados procedimentos técnico-táticos que serão empregados durante as performances. Na preparação psicológica, o atleta será preparado para responder positivamente aos estímulos psicológicos nas situações de treinamento e competição".

Hudson (1979) ressalta que em inúmeras ocasiões, um excelente jogador deixa de ser aproveitado pela equipe em razão de sua instabilidade emocional, é o chamado "nervoso". O treinador deve, portanto, seguir um plano de treinamento, no qual são necessárias regras comportamentais, além de fornecer exemplo, através de atitudes e comportamentos corretos, para que os atletas tenham modelos positivos de conduta.

O futsal engloba jogadas mais duras, pelo espaço reduzido da quadra. Para tanto, é necessária a intervenção do treinador para que os atletas possam diferenciar o jogo viril do jogo desleal, mostrando o verdadeiro espírito do esporte, que deve ser leal e cavalheiresco. Tudo isto para que o esporte cumpra seu papel.

Santos (1998) complementa afirmando que o preparador físico, sempre que sentir que o rendimento dos jogadores estiver sendo reduzido devido ao desgaste físico ou mental, exigido pelos jogos, treinamentos e testes, deverá incentivar seus atletas para que possam suportar as pressões e obtenham o máximo de seu rendimento.Este apoio é função da comissão técnica.

No entendimento de Fernandes (1981): "A preparação psicológica depende da motivação e da condição física; também é de grande importância o nível intelectual do atleta a fim de que este possa assimilar todos os aspectos abordados no treinamento ou na competição: a forma de atuar do adversário, os movimentos técnicos da especialidade que pratica, a importância dos exercícios a serem realizados, determinados tipos de jogadas, etc".

Esse tipo de preparação deve ser desenvolvido paralelamente com a preparação física, iniciando ambos ao mesmo tempo, logo no primeiro contato com o atleta.

A preparação psicológica deve ser efetuada pelo psicólogo. Não podemos, porém, esquecer que na prática este trabalho é feito quase que exclusivamente pelo treinador, pois não existe ainda, dentro da maioria de nossos clubes, uma estrutura que comporte uma equipe de trabalho completa.

Deve-se, ainda, ter em mente que procedimentos auxiliares, poderão ser utilizados objetivando a recuperação e obtenção do máximo desempenho do atleta. É o que prega Weineck (2000), defendendo técnicas de relaxamento, preleção, massagens, etc.

Gambordella (1981), no mesmo sentido, afirma que toda sessão de treinamento pode ser extremamente produtiva e compensadora, se os jogadores e o treinador souberem aproveitar os ensinamentos e exemplos disponíveis.

3. CONCLUSÂO

Podemos concluir á partir do exposto, que a marcação é um elemento de suma importância para todo e qualquer desporto coletivo; e que no futsal não é diferente. Agora cabe aos treinadores, enfatizarem e muito a técnica de marcação não apenas no período competitivo mais também nos trabalhos de base, uma vez que é com o desenvolvimento das boas qualidades técnicas individuais e coletivas de marcação que depende o bom desempenho da equipe no que diz respeito ao requisito marcação.

Fica claro, também que não é do dia para a noite que se consegue uma boa performance de marcação; é necessário muito treinamento tanto individual como coletivo das técnicas que envolvem a marcação no desporto futsal; pois, é a partir daí que se constrói uma equipe com capacidades das mais variadas de marcação, seja na marcação individual ou coletiva.

Trata-se, portanto, de uma técnica muito complexa e que necessita de muito treinamento para que se tenha o êxito esperado; uma vez que não depende apenas das qualidades individuais de meus jogadores e sim da coletividade. Cada grupo de trabalho apresenta características diferentes e o importante é conseguir tornar o grupo o mais homogêneo possível, para assim, conseguir manter a equipe com as mesmas características do inicio ao fim da partida, ou seja, conseguir adequar os sistemas escolhidos e suas variações o tempo todo.

Retirado de futsal brasil