TAÇA BRASIL SUB-15/2011

TAÇA BRASIL SUB-15/2011
MUITO OBRIGADO OBRIGADO A TODOS!!!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A IMPORTÂNCIA DA DERROTA

Penso que todo mundo procura ver a derrota como o fim de tudo, o principal motivo de frustração, é uma coisa que muitos encaram de forma negativa somente. Não estou dizendo que é bom perder, que perder sempre é bom, claro que não, pois nós sempre somos cobrados por resultados positivos, mas é importante que uma ou outra vez nós tenhamos algum tropeço, principalmente para perceber que nada é perfeito, por maior que seja a qualidade do elenco.
A derrota nos faz refletir muito, pois é através dela que observamos os principais erros, até porque muitas vezes após uma vitória algumas falhas ficam sem aparecer, dai então a importância de uma derrota. É importante que saibamos lidar muito bem com a derrota para que possamos convencer nossos comandados sobre esta, porque os atletas quase sempre nas derrotas eles ficam “para baixo”, desmotivados, surge, às vezes, uma fresta de duvidas em relação ao potencial do time, exatamente por isso, os técnicos precisam saber lidar muito bem com as derrotas.
A derrota serve para nos ensinar que: “sempre caímos para aprender a ficar de pé” e cada passo que recuamos pode ser o que nos faz ir mais longe da próxima vez que andarmos para frente, pois teremos mais cuidados com os mínimos detalhes que podem decidir um jogo. Estar preparado para vitória e para derrota é muito importante para o sucesso de uma equipe, pois muitas vezes precisamos analisar não somente a derrota, mas sim o Valor da derrota, se ela é contra uma equipe muito forte e que realmente já era previsto, se é uma derrota de inicio de campeonato, ou uma derrota que lhe tira de um campeonato, assim por diante. É preciso analisar qual é a situação que a derrota lhe deixou e quanto ela custou para que se faça um balanço dela.
Então, concluindo, devemos sempre termos em nossas mentes quais as possibilidade de um jogo, torneio, etc, para que ao final de cada partida possamos lidar com a situação frente a nossos atletas, seja na vitória ou seja, principalmente, na derrota, porque é o momento mais delicado para se dizer as coisas e falar, então se nós treinadores não tivermos bons argumentos nossos atletas poderão se deixar abalar por uma simples derrota e isso irá afetar o andamento da equipe durante outros jogos.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Jogos Técnico-Táticos: Bobinho móvel com trocas.

JOGO: BOBINHO MÓVEL COM TROCA CONSTANTE DE MARCADORES

Objetivos:
1)Deslocamentos rápidos
2)Aproximação de companheiro
3)Posicionar-se em linha de passe
4)Prever situação futura
5)Coberturas
6)Manter posse de bola
7)Passe preciso
8)Resistência específica de jogo

Desenvolvimento e regras:
a)Dois grupos de jogadores, para iniciar a atividade
b)Um grupo com 07 jogadores (grupo A) e outro com 03 jogadores (grupo B)
c)Jogadores de A trocam passes entre seus jogadores
d)Jogadores de A podem tocar uma vez na bola
e)Jogadores de B tentam interceptar a bola
c)Jogadores de B carregam na mão um colete
d)quando um jogador de B tocar na bola, imediatamente passa o colete para o jogador adversário de A ao qual interceptou a bola, automaticamente troca-se as funções e equipes desses jogadores.

Professor Barth Sorrilha, Preparador Físico e treinador de futsal, graduado em Educação Física. Pós graduado em Ciências do Treinamento Desportivo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Flamengo é campeão de futsal no fraldinha

Vasco saiu na frente, mas os meninos do Flamengo sub-9 não desanimaram e correram atras do resultado e conseguiram o empate com Lázaro em uma bela cobrança de falta do meio da quadra. O gol da virada veio logo no primeiro minuto da segunda etapa. Após cruzamento para a área, Pedro Henrique só empurrou para o fundo da rede. E não ficou por isso, Lázaro ampliou o placar deixando o seu segundo gol na partida. Em seguida o pequeno ala fez o seu terceiro completando a goleada.






Após a vitória do Flamengo na primeira partida por 3 a 2, as equipes fizeram um jogo muito equilibrado. A equipe de São Januário saiu na frente, mais cedeu o empate ainda no primeiro tempo. No segundo tempo o Flamengo chegou a virada faltando 4 minutos para o fim. O Vasco teve que partir para o ataque, pois só a vitória interessava, mais a tática de gol-linha não deu certo e no minuto final ainda sofreu um gol, dando números finais a partida (3 a 1) e a taça ficou com a equipe da Gavea.
Na manhã deste domingo (17/07), os vascaínos da categoria mirim (sub-13), conquistaram o título do Campeonato Carioca de Futsal, após derrotar o Fluminense por 2 a 0 no tempo normal, e vencer também na prorrogação por 1 a 0. Os gols da vitória foram marcados por Léo, Linnick e Andrey.

O jogo

Os vascaínos que haviam perdido o primeiro jogo da final por 6 a 1, precisavam da vitória no segundo jogo, para levar a partida para a prorrogação, e assim, ter chance de conquistar o título do Campeonato Carioca da categoria.



Aos 14 minutos, o Vasco levou a melhor. O garoto prodígio “pet” lançou para Linnick na medida e o cruzmaltino bem posicionado, abriu o placar: Vasco 1x0 Fluminense.
Matheus “pet”, que estava realizando um “partidão”, marcou o segundo gol do jogo. Após cruzamento de Andrey, o cruzmaltino chutou bonito: Vasco 2x0 Fluminense.

No final da partida, “Pet”, sofreu falta dura e o jogador adversário foi expulso. Com a vitória no tempo regulamentar, o Gigante da Colina conseguiu levar a partida para a prorrogação. No segundo tempo da etapa complementar, Andrey foi derrubado na área e o árbitro marcou o pênalti. Andrey bateu com firmeza e garantiu o título do Campeonato Carioca da categoria mirim para o Vasco.

Comandados pelo técnico Max, a categoria campeã do mirim atuou com: 1-Albero, 8-Matheus da Silva “Pet”, 4-Andrey, 10-Robinho (5-Linnick), 3-João Bernardo e 11-André Felipe.

domingo, 24 de julho de 2011



Num jogo marcado por fortes emoções no final a equipe da Casa de España/Botafogo se sagrou campeã ao empatar no tempo normal e na prorrogação contra a USS/Vassouras. A equipe alvinegra saiu na frente, mais não conseguiu segurar o resultado e logo em seguida aconteceu o empate e apesar de várias oportunidades assim ficou o placar no primeiro tempo 1 a 1.

No segundo tempo o placar do primeiro tempo se repetiu (1 a 1) e no final as equipes já procuravam se poupar para a prorrogação, com os números no placar em 2 a 2 tudo seria decidido no tempo extra.

Na prorrogação o jogo começou a toda, as equipes buscavam a vitória de qualquer maneira. Com a vantagem de empate na prorrogação (as 2 equipes chegaram aos 34 pts na soma geral dos pontos, desta forma ficaram empatadas no critério técnico, tendo a Casa de España/Botafogo vantagem pelo confronto direto) a equipe do Humaita tinhas mais tranquilidade e assim chegou a estar vencendo por 2 a 0, com destaque para o gol de magrão que da sua quadra encobriu o goleiro da USS/Vassouras, fazendo talvez o gol mais bonito das finais.

Quando tudo parecia decidido a USS/Vassouras buscou forças e chegou ao empate com dois gols de Pezão, mais o resultado não foi o suficiente para tirar o título do Botafogo .


jogo começou com as duas equipes se estudando muito, mais foi o Vasco que buscou mais o ataque desde o inicio e aos 3 minutos Matheus abriu o placar. Mesmo com o placar desfavoravel a equipe do Botafogo continuava a cadenciar o jogo buscando o momento certo para chegar ao gol, já a equipe do Vasco passou a buscar o contra-ataque.

A estrategia da equie alvinegra deu mais resultado e com um oasse sensacional de Thiago Gama conseguiu marcar e dar números iguais ao placar.

No segundo tempo as duas equipes passaram a buscar o gol e a partida foi recheada de emoções, o Vasco chegou ao segundo gol e voltou a jogar no contra-ataque, enquanto a equipe do Botafogo partida para cima em busca do empate.

No final da partida o Vasco ainda perdeu um penalti, mais não havia mais tempo para nada e com o resultado de 2 a 1 levou a taça para São Januário.

Com regulamento debaixo do braço, sub-17 é campeão no tempo extra



Vencedor do primeiro confronto por 5 a 3, o Glorioso poderia perder por qualquer placar para o Fluminense que levaria a partida para a prorrogação, na qual teria a vantagem do empate. Por isso, quando a equipe sofreu gol aos 15 minutos da primeira etapa, continuou procurando incessantemente a vitória. A busca árdua alvinegra reservava armadilhas, que o time tricolor usou para marcar duas vezes faltando pouco mais de um minuto para o fim da etapa inicial. No segundo tempo, o Fluminense ainda ampliou 4x0.

Mas enganava-se aquele que pensava que o Alvinegro estaria perdido na prorrogação depois da derrota no tempo normal. O Fogão marcou com Carlinhos 1x0, faltando dois minutos para o fim do segundo tempo extra. Logo em seguida, o Fluminense reagiu e empatou 1x1. E Renan aproveitando rebote de tiro livre batido por ele mesmo, faltando segundos para o fim da decisão , marcava o gol do titulo 2x1 .

Botafogo: Rubão, Lucas, Carlinhos, Sávio e Ryan. No banco: Bambam, Renan, Thomas, Daniel, Pablo, Zé e Matheus Moura.
Treinador: Maurício Souza

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Selecionando o Ataque

Após ler artigo escrito por Wilton Carlos Santana, nomeado “Antídoto do contra-ataque”, o mesmo escreve sobre assunto recorrente no jogo de futsal: o contra-ataque e conclui que se há um antídoto, esse seria um uma seleção maior na formação do ataque.
Observando vários jogos da Liga Futsal, Campeonato Paulista da categoria principal e menor, conclui-se que os padrões adotados pelas equipes tem preocupações em equilíbrio entre ataque e defesa. O que diferencia os padrões utilizados e sua eficiência são os executantes deste padrão (jogadores). Por característica, os jogadores brasileiros na sua grande maioria não privilegia a manutenção da posse de bola e por diversas vezes fazem escolhas equivocadas, atacando e buscando o gol de qualquer forma, essa ação têm como reação contra-ataque que os pegam em desvantagem numérica.
Dentro desta proposta saber atacar de forma mais seletiva com certeza é um antídoto para não sofrer contra-ataques, mais como mudar este comportamento inerente ao jogador brasileiro? Muito complicado,quando menos esperamos sai uma finta, um passe em hora e local inapropriado do jogo. Passamos então a praticar a marcação de contra-ataque, com o objetivo de anular essa ação o que é mais difícil, pois defender com inferioridade numérica requer êxito na indução do adversário para uma situação de dificuldade e contar com a qualidade do adversário na finalização.
Temos várias opções de jogo, dentre elas jogar apenas no contra-ataque, vemos isso principalmente em equipes com nível técnico inferior ao seu adversário e por vezes tem êxito. Nas finais da competição Paulista nas categorias sub 15 e 17, observamos várias equipes que utilizavam deste artifício, abdicando da posse de bola para montar a defesa e tentar pegar o adversário em desvantagem numérica.
Sendo assim o jogo de futsal, passa a ser de ataque e contra-ataque, penso que mesmo com estratégias elaboradas onde pensamos no equilíbrio das ações, quem decidirá essa situação será o jogador, a tentativa é fazer com que o atleta se torne eficiente e consiga selecionar o ataque. Com atletas que trabalho é comum comparar o jogo de futsal com o basquete. Na tentativa de fazer com que elaborem o ataque e tenham a manutenção da posse de bola, diferencio um do outro, mostrando que no primeiro temos o tempo que quisermos para atacar já no basquete temos um tempo pré- estabelecido pela regra. Desta forma, atacar de forma equilibrada dependerá única e exclusivamente da leitura que o atleta faz do jogo e a situação que se apresenta em sua frente.
Postado por Prof º Esp. Hugo L. A. Arnold


Vitorioso no jogo de ida e dono de melhor campanha na competição, o Botafogo/Casa de España, atual campeão da Taça Brasil de Clubes da categoria, era, inegavelmente, o favorito para a final contra o Vasco no sub-15. Os adversários ainda tentaram equilibrar o clássico trazendo cinco jogadores de seu time de campo, campeão da Taça Guanabara Infantil, mas não foi o suficiente para evitar o título alvinegro no empate em 2 a 2.

Apesar da igualdade final, o Botafogo/Casa de España não chegou a ter seu título ameaçado em momento algum da partida. Tanto que abriu o placar com bela jogada individual de Ygor Mota ainda no primeiro tempo, depois de forte pressão sobre o rival. Na segunda etapa, Grafite fez incrível jogada e ampliou o marcador faltando 3 minutos para o fim. O Vasco ainda conseguiu empatar, mas já era tarde demais para ameaçar a festa alvinegra.

Botafogo: Gabriel, Ygor Mota, Gabrielzinho, Grafite e Lucas. No banco: Vinícius, Mayron, Pedrinho, Gustavo, Bibi, França e Índio.
Treinador: Alan Gomes.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Quantificação de Treino - Distribuição do Tempo

Vou dividir o assunto em quatro itens de análise desta pesquisa, do qual julgo relevantes para nossa avaliação.
Antes disso gostaria de comentar brevemente alguns detalhes da metodologia da coleta, o avaliador executou a filmagem de seis sessões de treinamento de quadra, somente os que foram realizados trabalhos com bola.
Após essa coleta, foram quantificados os trabalhos realizados, através da distribuição dos tempos e a execução da cada tarefa.
Com a coleta é possível ter um Raio X das atividades que realizamos nos treinamentos e também qual a ênfase que damos a determinadas atividades, lembrando que no Alto Rendimento determinadas atividades são imprescindíveis para o sucesso da equipe.
Vou iniciar falando da Distribuição de Tempo onde foram analisados o tempo para cada etapa das sessões. Num total de 498 (quatrocentos e noventa e oito minutos) vou discriminar o percentual para cada momento.
Segmento do Treino Percentual
Atividade Inicial 21%
Treino Físico 8%
Treino Técnico 3%
Treino Tático 49%
Jogo/Competição 17%
Dentro desta distribuição de tempo, foram feitas as analises da Função da Tarefa, Condição da Tarefa e Ocupação Espacial/Espaço em Quadra.

Vamos rapidamente definir cada item referente ao segmento do treino para melhor entendimento.

Atividade Inicial – Tempo destinado a conversa com o técnico, o aquecimento, atividades de pré-preparação para o treino principal.

Treino Físico – Se durante a sessão foram realizadas alguma atividade relacionada especificamente à parte física (Força, Velocidade, Agilidade, Etc...).

Treino Técnico – Atividades com nível de exigência e solicitação dos fundamentos básicos (Passes, Recepção, Finalizações e Condução de Bola, Etc...).

Treino Tático – Atividades que contemplam as ações táticas básicas ou avançadas, os jogos situacionais e de sustentação tática da equipe.

Jogo/Competição – Atividades competitivas dentro do treinamento que utilizam os sistemas táticos propostos pela equipe e aperfeiçoam essas atividades.

No próximo post vamos falar sobre a Função da Tarefa, grande abraço a todos e sucesso.
Postado por Marquinhos Xavier

sábado, 16 de julho de 2011

A construção do padrão de jogo

Durante décadas o futsal (especialmente quando era denominado futebol de salão) viveu em função do talento individual dos atletas sem grandes preocupações quanto a evolução tática.
A natureza muitas vezes estática de algumas posições em quadra, contribui em muito para este quadro, no qual existiam poucos esquemas táticos (2x2, 2x1x1 e 3x1) e a maioria das variações em cima destes esquemas se devia ao talento excepcional de algum atleta do elenco.
O panorama começou a mudar no final da década de 80 do século XX, quando a criação do futsal pela FIFA, estimulou a participação em massa dos países europeus em competições de futsal da referida associação. Como a diferença técnica ante os sul-americanos era sensível a maioria dos "novos" praticantes, começou a estudar taticamente o futsal com base não só em suas equipes, mas também no padrão de jogo adversário.


Com isto surgiram os sistemas 4x0 e 5x0, sendo que o sistema 4x0 foi uma invenção de um técnico brasileiro em ação da liga espanhola de futsal. Já o 5x0 é mais uma variação deste utilizando a figura do goleiro-linha (um goleiro que possui uma habilidade ou dominio dos fundamentos dos jogadores de linha em bom nivel).

As evoluções táticas decorrem em sua maioria de observações ou inovações táticas de técnicos estudiosos, preocupados com algum aspecto no qual suas não estão executando devidamente. Este aspecto tático pode ser defensivo ou ofensivo, utilização ou não de uma inovações tática dependerá praticamente das limitações a nivel tático da equipe e do potencial criativo do técnico. As funções em quadra podem exercer um papel de fator limitante das variações táticas quando se tenta realizar uma modificação no padrão de jogo desenvolvido até então pela equipe, este empecilho para uma técnico limitado pode fazer com que ele acredite serem impossíveis as alterações por ele propostas.

Neste instante é que o técnico deve de se utilizar de procedimentos pedagógicos para diagnosticar e realizar o processo de aprendizado progressivo das movimentações táticas que passarão a constituir o proprio padrão de jogo da equipe ou uma variação dentro do mesmo.

O principal problema é que se condicionou as equipes a terem um padrão de jogo e jogadas tidas como "ensaiadas" (ou movimentações especificas) só para determinadas situações no decorrer da partida (faltas, tiro de canto ou reposição lateral de bola). Isto faz com que se perca uma condição impar de promover o aumento da capacidade de variação tática da equipe. Pois se o técnico tiver treinado por exemplo pelo menos cinco movimentações táticas diferentes para situações corriqueiras durante a partida (saída de bola, tiro de meta, sofrendo marcação sobre pressão, zona ou mista, substituições táticas etc.) ou visando explorar um talento excepcional presente na equipe. Quando este trabalho é realizado muitas vezes, observamos um técnico que não "vibra" com sua equipe em quadra ou parece apático no jogo. Isto porque as modificações na maneira de atuar da equipe se processam com um único gesto do técnico ou com uma simples substituição.

O repertorio tático da equipe é tão variado que não necessita daquela visão estereotipada do técnico gritando a beira da quadra orientando ou reclamando com a sua equipe. Uma vez que a movimentação adequada para a situação em quadra já foi treinada e os atletas a executam sem a intervenção do técnico, bastando para este se necessário pedir o tempo técnico para efetuar as correções no padrão de jogo ou alguma falha na atuação de sua equipe.

Aqueles que assistiram os dois últimos jogos da seleção espanhola contra o selecionado brasileiro, perceberam uma mudança no modo de atuar da primeira em comparação a final do Mundial realizado na Espanha em 1996. Muito disso se deve ao fato do técnico espanhol ter analisado o padrão de jogo brasileiro, elaborado um padrão de jogo que anulasse os pontos fortes do adversário e atuasse explorando as deficiencias do mesmo. Tarefa até certo ponto facilitada pelo fato de apesar de ter mudado três vezes de treinador desde aquela final o padrão de jogo do selecionado brasileiro se manteve praticamente o mesmo.

Metodologia para construção do repertório tático

O primeiro passo para a construção de um repertório tático é a seleção por parte do técnico das movimentações que ele deseja ver sua equipe executando em quadra. Ele deve se certificar que os jogadores a sua disposição são ideais para execução das movimentações ( de nada adianta treinar as movimentações, que envolvem ações em velocidade pelas alas, se o ala não tem na capacidade física velocidade um dos seus pontos fortes ).

Depois da seleção deve-se começar a fase de "mecanização" da movimentação tática, para tanto o técnico tem de dispor de tempo hábil para tal tarefa, não serão dois ou três dias de treinamento que farão sua equipe realizar as movimentações pretendidas. O prazo minimo que aconselho são três a quatro semanas, realizando a "mecanização" da movimentação tática pretendida, mas sem repetir todos os dias as mesmas movimentações. O processo se desenvolverá da seguinte maneira:

Visualização;
Execução;
Racionalização;
Fixação.

Autor: Ailson Santana

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O ANTI-HERÓI





Assistia ao primeiro jogo da final entre Botafogo 2 x 2 Vasco categoria sub-20,vasco vencia por 2x0 e o jogo se encaminhava para seu final parecendo que a vitória estava assegurada pelo time da colina. Faltavam 3 minutos para o término do jogo e no futsal é uma eternidade principalmente para quem esta vencendo , mas naquele momento eu não via a equipe do Botafogo com forças para pelo menos chegar ao empate.

O jogo estava mais para o Vasco ampliar o placar em dos inúmeros contra-ataques que tinha a seu favor do que para o botafogo fazer seu primeiro gol. Foi quando o excelente goleiro do Vasco resolveu colocar a capa do Batmam (resolveu virar herói).
Após receber um passe no meio da quadra, resolveu subir ao ataque para finalizar, a bola bateu no jogador do Botafogo que ligou um rápido contra-ataque que foi prontamente aproveitado.

O Botafogo foi recolocado no jogo, passou a acreditar que era possível chegar pelo menos ao empate, e foi o que aconteceu. Na saída de bola, outro jogador vascaíno dessa vez resolveu ser o Capitão Nascimento (PROTAGONISTA)saiu driblando pelo meio da quadra, perdeu a bola e em novo contra-ataque o Botafogo chegava ao empate 2X2.

Na verdade o ficou claro que muito jogadores jogam sem saber o que esta acontecendo na quadra. Não conseguem fazer a leitura do jogo, saber que o partida pede naquele momento e ai eu acho que isso não é só questão para o treinador. Acredito que o atleta para chegar a algum lugar, deve principalmente ser um atleta inteligente , enxergar o óbvio e fazer o simples principalmente nos momentos crucias do jogo.

É claro que sendo uma atleta sub-20, esses atletas que cometeram esses erros, vão lidar com muitas situações parecidas, mas que tenham aprendido a lição. Em muitas das preleções que presenciei do mestre RICADO LUCENA, ele sempre deixava claro que o grupo era o mais importante, que uma vitória ou uma derrota deveria ser comemorada ou lamentada por todos.

Então que fique a lição:
Quer virar herói?
Coloque a capa do Batman.
Quer ser protagonista?
Vai trabalhar na novela das 8
Essas eram algumas das frases ditas pelo mestre RICARDO LUCENA, para situações como as que foram narradas acima.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

PERFIL DO ATLETA VENCEDOR

No artigo de ontem falamos sobre a montagem de uma equipe vencedora, dentro deste propósito estabelecemos algumas características que são fundamentais para a formação dessa equipe. Hoje vamos falar sobre o primeiro item mencionado e buscar identificar essas qualidades nos atletas.
•Perfil Competitivo: A origem desta característica muitas vezes já esta no interior deste atleta, normalmente ele traz com sigo o perfil de lutar pelos seus objetivos e eles independente de quem esta ao seu lado. A realização de seus sonhos não depende de ninguém e sim dele próprio. Sai em busca de melhorar a cada dia, vende muito caro suas derrotas e aprende muito com elas. Tem espírito forte, muitas vezes é um líder nato. A vontade de vencer é capaz de contagiar todo o grupo, motivá-los a lhe seguir e isso torna sua presença indispensável dentro de uma equipe.
O atleta com perfil competitivo tem caráter vencedor e é muito comprometido com as questões da equipe e com o resultado.
Muitas vezes é mal compreendido, por ter personalidade forte e não “aceitar” a derrota com facilidade, acaba se indispondo com aqueles que “não querem nada com nada” e isso sempre causa certo constrangimento, mas que esta longe de ser algo ruim.
Neste momento o papel do Líder, que não necessariamente será o técnico, pode auxiliar a equipe para que se resolvam os “problemas de vestiário” antes que haja a necessidade de um envolvimento e intervenção do líder maior “O Técnico”.
Essa força que vem de atletas com esse perfil, transmite ao grupo uma grande confiança e de forma contagiante passa a fazer com que todos os demais acreditem nas possibilidades de vencer, mesmo que a tarefa seja difícil.
No próximo artigo vamos falar sobre o Atleta Comprometido, que tem compromisso com os objetivos coletivos.
Postado por Marquinhos Xavier em seu blog

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Planejamento

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO FUTSAL


Nos dias de hoje, com a evolução da tecnologia e da ciência do treinamento desportivo fica difícil pensar em treinamento de alto rendimento sem o devido planeamento.

Com a modernização do futsal não se consegue mais obter resultados em competições de ‘‘alto nível’’ com treinamentos a esmo sem a devida preparação técnica, tática, física e psicológica.

É fundamental na composição de um treinamento de padrões elevados, estabelecer objetivos a longo e médio prazos que só serão alcançados com o devido controle dado pelo treinamento planificado e periodizado.

A periodização do treinamento, sempre apoiada nos principios do treinamento desportivo nos permitirá ter o controle de toda a composição do treinamento de alto rendimento, isto é, dará a noção ideal de toda a preparação técnica, tática, física e psicológica.

A periodização mais usada para o treinamento de futsal é de um ano.
Este período de treinamento chamado de macrociclo pode ser subdividido dependendo das qualidades físicas dominantes do desporto em macrociclos anuais, semestrais ou quadrimestrais.
No futsal há uma preponderância dos macrociclos semestrais promovendo dois picos de rendimento por ano.

Macrociclo é o maior período de treinamento que como vimos pode durar um ano.
Temos ainda o mesociclo que são períodos que duram de um a dois meses, microciclos, período de uma semana, e por fim a unidade de treinamento.

Todos estes períodos de treinamento devem ser planificados e orientados sempre pelos princípios do treinamento desportivo que permitirão ao técnico e preparador físico da equipe o controle de todas as variantes do treinamento.

Podemos ainda dividir o macrociclo em períodos:
Pré- preparação – período de levantamentos de vários fatores influenciadores:

recursos disponíveis,
Objetivos da equipe e dos patrocinadores,
Disponibilidade de espaços para treinamento, etc...

Preparação – pode ainda ser divido em fase específica. Na fase básica há um predomínio da preparação física e técnica com intuito de criar uma base de treinamento indispensável para a fase específica onde há o início da preparação tática, psicológica e o treinamento das valências do futsal.

Competição – onde a competição passa a ser o maior objetivo havendo uma redução da carga de treinamento e a manutenção dos niveis de condição competitiva obtidos anteriormente.

Transição – neste período o objetivo é proporcionar ao atleta a recuperação física e mental mantendo também um nível de preparação adequado para o inicio de um novo macrociclo.

Toda essa periodização nos orientará na composição e aplicação das cargas devendo sempre ter um caráter oscilatório para promovermos o supercompensação e reguardarmos o atleta do sobretreino ou “overtrainning”.

Para proporcionarmos em nossos atletas o alcance de performance máxima ou próximo da máxima é necessário ter o controle de toda composição do treinamento de alto rendimento dando assim a devida importância a preparação técnica, tática, física e psicológica.

Só com PLANEJAMENTO e periodização do treinamento que poderemos controlar todas as variantes do treino e corrigi-los quando necessário.

Pedro Costa.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A falta de reciclagem do treinador de Futsal

Todo treinador de futsal deveria sempre trocar informações sobre técnica e tática com outros profissionais para buscar um melhor aprimoramento na modalidade. Além do lazer, arte e espetáculo, acredito que o futsal é uma exibição de técnica; e não existe arte sem técnica.
Profissional de teatro tem de entender de teatro. Profissional de futsal tem obrigação de conhecer os detalhes técnicos do futsal. Parece óbvio, mas não é. Muitos acham que o futsal é somente espetáculo e entretenimento. Desprezam os dados técnicos, táticos e estatísticos. Além disso, substima-se a inteligência e o conhecimento do torcedor que gosta de futsal.
Por sua vez, a imprensa - mesmo a especializada - não promove discussões mais aprofundadas, publicando somente resultados, classificações e “próximas rodadas”.
O profissional de futsal, além dos conhecimentos relacionados a técnica e a tática, deveria também procurar conhecer um mínimo de psicologia, medicina, nutrição e preparação física aplicadas à modadlidade, participando de cursos, seminários e clínicas.
A maioria dos treinadores e dos jogadores de futsal não gostam de dar explicaçoes técnicas. Não gostam ou não sabem.  Costumam sempre dar as mesmas respostas evasivas, desprezando o conhecimento de pessoas ligadas ao futsal.
Culpando a má sorte, os erros do arbítro e os gols perdidos pela equipe. Por outro lado, as questões formuladas pela imprensa não se aprofundam; quase sempre superficiais, não abordam pontos importantes como posicionamento dentro da quadra, esquemas de jogo e suas variaçoes.
Se  técnicos e jogadores de futsal tivessem mais interesse em conhecer  a maneira de jogar de cada membro de sua equipe e  da equipe adversária, atingiriam  melhores resultados Um jogo de futsal não é disputado apenas com habilidades, mas também com  técnica de competição. O coletivo deve sempre prevalecer sobre o individual.
Para muitas pessoas, ligadas ao esporte de uma maneira geral, o futsal continua sendo uma atividade menor, primária e apenas física, quando, na verdade, é um jogo de técnica e de inteligência, no qual também se sobressaem  a intuição e a emoção.
Dai a importância, fundamental, de os profissionais da área estarem sempre se reciclando.
     
Autor: Prof.Rubens Fernandez. Treinador de Futsal