TAÇA BRASIL SUB-15/2011

TAÇA BRASIL SUB-15/2011
MUITO OBRIGADO OBRIGADO A TODOS!!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

O TREINADOR, O TREINO E A COMPETIÇÃO !!!

 NÃO É FÁCIL SER TREINADOR

Ensinar é estimular uma nova forma de conduta ou modificar uma forma de conduta anterior e aprender é adquirir hábitos.
Os atletas aprendem muito mais rápidamente quando têm a exacta compreensão do objectivo que se pretende atingir.
A função de treinador implica tomada de decisões, organizada com base em indicadores e segundo critérios que obedecem a uma certa ordem e a diferentes domínios: Organização do treino, liderança, estilo e formas de comunicar com os jogadores, dirigentes e árbitros; Opções estratégicas e tácticas decorrentes da observação e análise do jogo; Gestão das pressões contidas na competição; Controlo da capacidade de concentração e das emoções, etc... Para além dos imprescindiveis conhecimentos técnico-tácticos. É também necessário intuição, algo indefinivel que se nota em toda a vocação profissão e que é muito mais exigivel quando se trata de um treinador.

Quem é dirigido precisa de adquirir a confiança de quem o lidera, por via de uma autoridade reconhecida, mais do que imposta. Competência, honestidade e coerência.

Um treinador será tanto melhor quanto maior for a riqueza de conhecimentos que possuir.

Um treinador pode saber muito de futsal mas se os jogadores não o perceberem e não aceitarem o que pretende fazer, a equipa que prepara dificilmente terá sucesso.

Para se ser treinador, importa dominar tudo o que diga respeito à dinamica das relações treinador/jogadores.
Ter elevado espirito de compreensão e ajuda, pois o atleta vê o treinador como um guia.


AUTORIDADE RECONHECIDA MAIS  DO QUE IMPOSTA 

O treinador tem de ser um comunicador !

Tradicionalmente quando se pensa no processo de treino, relacionamo-lo imediatamente com a metodologia, o planeamento, a preparação, a táctica, técnica, fisica, psicológica, etc., raramente nos preocupamos com a eficácia pedagógica da relação treinador/atleta, isto é, o modo como o treinador consegue comunicar com o atleta e em que medida esta comunicação contribui para o sucesso desportivo.
Estudos realizados sobre a relação entre o treinador e o atleta, permitem identificar alguns factores que contribuem para o sucesso dessa relação:

- A organização dos treinos
- A apresentação das situações de treino
- A maximização do tempo de empenhamento motor especifico
- A reacção do treinador á prestação dos atletas
- A criação de um clima positivo no treino.

Possuir empatia quanto baste para conseguir através do seu processo de comunicação com os outros, motivá-los, conduzi-los a uma superação constante.
Mais importante do que aquilo que sabemos é o que somos capaz de transmitir.   

Na organização da unidade de treino é aconselhável que a mesma se faça de uma forma integrada, isto é, que o trabalho fisico, técnico e táctico, sejam feitos em conjunto e não em separado, isto é tanto mais pertinente quanto menor forem o número de unidades de treino. Tempo reduzido, tempo optimizado.

O treino deve ser sequencial e consequente, nada deve ser avulso.

Ao treinador compete :

- Liderar e ter capacidade de liderança. 
- Saber incutir no espirito dos seus jogadores que, saber perder é algo muito mais profundo do que uma simples atitude de elegância, saber perder é realmente estar capacitado para entender a parte mais dificil da vida, passando a ver na derrota a possibilidade de aprender mais.
- Perceber, que ganhar não é ser invencível mas sim o ser capaz de vencer o jogo e que jogar para ganhar não é o mesmo que jogar para evitar perder, pois pior do que perder é sentir medo de perder.
- A responsabilidade de fazer respeitar com justiça e ponderação as regras organizativas e disciplinares previamente estabelecidas.
- Ultrapassar com equilibrio os problemas e as dificuldades que sempre se deparam a um colectivo, quer no treino quer na competição.
- Motivar tudo e todos para que sintam orgulho e prazer por participarem na vida colectiva da equipa.
- A decisão final sobre tudo o que respeita à vida desportiva da equipa, mediante as regras e a definição de tarefas que préviamente estabeleceu.
- Criar as condições necessárias que rentabilizem ao máximo a participação de todos os componentes da equipa.
- Incentivar a criatividade dos jogadores, dar-lhes espaço para errarem e reflectirem sobre os erros que cometem, nunca esquecendo que ser criativo não pode representar perda de eficácia ou desrespeito pelos principios e regras que devem nortear a vida colectiva das equipas. 
- Ser capaz de definir tarefas, congregar interesses, juntar á sua volta tudo e todos no sentido de lutar, de modo coeso, por algo que nos transcende.
- Conseguir que os jogadores ( e os dirigentes ! ) compreendam ( e aceitem ) o que se pretende alcançar, gostar do que se está a fazer, possuir uma elevada auto-estima.
- Dar oportunidade a que os jogadores apliquem a sua especialização, incentivando-os a que o façam ao serviço do colectivo, submetendo o interesse do “eu” aos objectivos a alcançar pelo “nós”.
- Treinar como se joga, com intensidade, complexidade e competitividade.

  “SE SE JOGA COMO SE TREINA, TEM DE SE TREINAR COMO SE JOGA”

SUGESTÕES AO TREINADOR

- Seja disciplinado para poder disciplinar
- Insista na pontualidade de todos
- Conheça perfeitamente as regras do jogo e faça com que os seus jogadores também as conheçam ( no inicio da época promova uma reunião de todo o grupo com um árbitro).     - No inicio de cada época ou quando pegue numa equipa, num quadro, esplane a sua maneira de ver o jogo perante os jogadores, de modo a que conheçam as suas ideias e compreendam melhor a finalidade do trabalho a efectuar.
- Faça o planeamento atempado das unidades de treino, ex. Microciclos semanais.
- Analise cada unidade de treino após a mesma, enquanto está fresca na sua memória.
- A maior fonte de conhecimentos para o treinador, não são os cursos nem outras iniciativas do género          ( embora sejam importantes ), é o quotidiano com os jogadores, é a sua observação contínua nos treinos e nos jogos, pois a sua criatividade abre-nos perspectivas para novos exercicios e outras soluções.
- O treino deve ser de intensidade progressiva. Atenção ao excesso de informação, não queira ensinar tudo num dia.
- Em cada unidade de treino, antes de cada exercicio, explique a todo o grupo num papel ou num quadro o exercicio a efectuar.
- Observe e corrija imediatamente qualquer erro ocorrido no treino.
- Não permita brincadeiras no treino. O treino é para treinar e o caminho para as vitórias...ou derrotas.
- Voçê é lider mas as sugestões dos seus jogadores são importantes e merecem ter atenção.
- Tente ser o mais calmo possivel no decorrer do jogo, assim não transmitirá intranquilidade para dentro do campo e pode observar com exactidão todos os detalhes do jogo.
- Num pedido de desconto de tempo, seja preciso e conciso, não tenha complexos e ouça também os jogadores, pois eles apercebem-se de pormenores dentro de campo que a nós nos passam despercebidos.
- Uma correcta rotação de jogadores durante um jogo, ajuda a manter um ritmo elevado de jogo e as respectivas agressividades defensiva e ofensiva.

Muitas vezes se diz que a equipa tem a “cara do treinador”, com isto queremos dizer que, na maioria das ocasiões, a equipa incorpora para si a personalidade e atitudes do técnico.
 
Em caso de indisciplina deve o treinador evitar o alarde do rigor e fazê-lo com naturalidade e segurança.
Na condução do treino, o treinador deve ser a autoridade personificada e o exemplo vivo. Não deve proceder como o domesticador que leva o animal a uma obediência mecânica, pelo contrário, deve dirigir e orientar o treino pelo coração, pelo hábito da disciplina consciente e pela convicção, a sua acção deve ser firme, enérgica, justa e com muito bom senso.   

Treinar e competir em níveis cada vez mais elevados de exigência.
A equipa é comandada por estimulos exteriores, que derivam do comando do exercicio, da actividade e dinamismo pessoal do treinador, da firmeza das suas atitudes e imperativo da voz.
O objectivo do treino é o aperfeiçoamento e evolução contínua das capacidades do jogador.

O comando dos exercicios deve ser maleável, alegre, vivo, optimista e sugestivo. O treinador deve comandar cativando, conquistando o jogador.

Treinar e aprender em situações que simulem a realidade própriamente dita.
Exercícios de treino competitivos e exigentes do ponto de vista fisico, técnico e táctico, simulando o mais possível a situação de jogo.
É no treino que começa a concentração, um jogador que treina sem concentração não vai nunca ser um jogador concentrado no jogo, a concentração treina-se.

Sem a participação de todos, a confiança para arriscar e a capacidade para decidir sem medo de errar, não há sucesso possível.
Os jogadores devem participar no jogo de modo responsável, expontâneo e criativo, embora nunca desrespeitando os principios básicos defensivos e ofensivos em que deve assentar a sua formação.
Principios que, ao serem respeitados simultâneamente por todos os jogadores de uma equipa, conduzem a uma efectiva movimentação global, uma vez integrados e coordenados no seu todo.

No futsal de competição, não há lugar para jogadores que não dominem os fundamentos do jogo.

Há jogadores que vão ao treino e outros que vão treinar. O futsal não é para quem pode mas sim para quem quer, se se pode e quer, tanto melhor é ouro sobre azul.

Ser criativo, não é ser indisciplinado nem individualista, mas sim decidir em cada situação de jogo com responsabilidade e eficácia, conforme a movimentação e posicionamento dos adversários e dos companheiros de equipa.

O talento não se ensina, apenas se ajuda através do treino a florescer, aperfeiçoar e desenvolver toda a potencialidade do jogador, desenvolve-se o sentido colectivo, corrige-se deficiências, aprimora-se a qualidade, dá-se experiência, porém, mesmo um individuo sem talento pode, com ambição, dedicação e esforço, ultrapassar aqueles que o tenham.

De nada adianta um jogador ser talentoso e criativo, se não tem técnica para fazer as jogadas que imagina     ( habilidade não é sinónimo de técnica) ou não há coordenação na equipa e os seus colegas não acompanham a sua ideia. Portanto a técnica individual, a boa distribuição dos jogadores em campo ( ocupação dos espaços ) e sua coordenação entre si, dependem fundamentalmente do treino.
Pessoas que têm talento, muito frequentemente não o desenvolvem, permitindo que ele se desvaneça pelo desuso.
É vulgar ouvir dizer que determinado jogador “passou ao lado de uma grande carreira” ou seja, não aproveitou por circunstâncias várias, o talento inato para a prática da modalidade

6 comentários:

  1. Com enorme PRAZER gostaria de parabenizá - lo por esta iniciativa. Tenho certeza que aqui será um ESPAÇO util para debatermos sobre o nosso SAUDOSO Futsal.valeu campeão brasileiro!

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  2. Valeu irmão . estamos juntos mais um bom lugar para debatermos o futsal. e viva os verdadeiros amantes deste esporte em extinção.
    v/c e maluco mais e sangue bom e fiel aos amigos

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  3. Valeu meu parceiro por mais esta iniciativa, sucesso aqui tb 1
    abraço

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  4. Alan, fazer parte deste grupo é um prazer, espero poder contribuir de alguma forma para o crescimento do blog e do futsal do Rio.

    abraço

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  5. Alan, parabéns pela iniciativa. E que a aqui seja um espaço para debatermos a melhoria do nosso futsal que tanto amamos.

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